O nome vem de uma palavra grega e significa preto, podendo parecer estranho: melasma, mas, certamente, a maioria das pessoas já viu ou conhece alguma portadora da doença, já que ela afeta, quase na totalidade, as mulheres.

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Elas apresentam diversas manchas de cor castanha nas “maçãs do rosto”, em volta dos olhos e na testa, característica principal da doença, conhecida popularmente com máscara da gravidez.

Trata-se de uma doença pigmentar, de forma geralmente simétrica que, além do rosto, pode atingir também braços e antebraços.

O distúrbio tem grave influência na qualidade de vida da pessoa. Uma pesquisa realizada, em 2007, pela Galderma, laboratório farmacêutico especializado em dermatologia, revelou que 57% das pacientes com melasma sentiam vergonha das manchas, afirmando se sentirem sujas e menos atraentes por causa da doença.

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O melasma é causado por uma combinação de três fatores: exposição ao sol, predisposição genética e alterações hormonais. “Por isso, gestantes e mulheres que usam contraceptivos orais ou passam por tratamento à base de hormônio são frequentemente afetadas”, explica o dermatologista Luiz Guilherme Castro.

Desordem pigmentar

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O aparecimento das manchas ocorre quando as células responsáveis pela produção do pigmento que dá cor a pele (melanina) são estimuladas pelos fatores desencadeadores do melasma, passam a produzir muita melanina (pigmento que dá cor à pele), causando uma “desordem” pigmentar.

Conforme o dermatologista Mauricio Martins, a doença não é grave, mas seu efeito psicológico não deve ser subestimado, já que afeta mulheres que podem estar experimentando outras sensações, entre elas, o estresse natural de uma período de gravidez e distúrbios hormonais. “As manchas do melasma podem abalar a autoconfiança e a autoestima nesse importante momento da vida”, reconhece.

Para evitar o problema, é essencial proteger-se diariamente do sol, com uso de protetor solar com alta proteção UVA e UVB.

Mas quando prevenir já não é possível, é preciso usar um medicamento adequado para combater as manchas, como a combinação tripla de hidroquinona, ácido retinóico e esteróide tópico.

“Ela atua sobre a doença inibindo a produção desenfreada de melanina, promovendo renovação celular e clareando as manchas”, observa Luiz Guilherme Castro, acrescentando que a combinação desses agentes ajuda a evitar irritações, muito comuns neste tipo de tratamento.

As manchas voltam

Por se tratar de um produto que possui ácido retinóico, o inverno é uma ótima época para se tratar o distúrbio, pois a incidência de radiação solar é menor. Ainda assim, para que o tratamento seja eficaz, não se pode esquecer o protetor solar.

Conforme a dermatologista Karime Hassun, é importante lembrar que a doença está sempre relacionada à exposição ao sol e não tem cura definitiva. Assim, qualquer descuido pode fazer com que as manchas voltem a aparecer.

Mauricio Martins observa que os pacientes têm uma dificuldade considerável de tratar a doença, por conhecerem pouco o melasma e os tratamentos disponíveis. Conforme os especialistas, a maneira mais indicada para tratar o problema, além da proteção solar, é o uso de clareadores, prescritos por um médico especializado.

Nos Estados Unidos, onde as pesquisas são mais freqüentes, estima-se que de cinco a seis milhões de mulheres possuam melasma, no entanto são registradas apenas 500 mil consultas por ano. No Brasil, a situação tende a seguir as mesmas proporções.

Tratamento

Para o tratamento do melasma deve-se atuar em várias frentes, já que a causa do problema não está totalmente esclarecida.

1. Proteção em relação à radiação solar
2. Inibição da atividade dos melanócitos
3. I,nibição da síntese de melanina
4. Remoção da melanina
5. Destruição dos grânulos de melanina