Melasma é fruto de exposição ao sol

Com a chegada de frentes frias e o clima típico do outono, as temperaturas mais altas começa a ficar para trás, deixando apenas as lembranças do tempo de praia e férias.

Infelizmente, as marcas da estação não ficam apenas na memória. “A maioria das pessoas não cuida devidamente da pele durante a estação mais quente e o resultado é o aparecimento de manchas, queimaduras, micoses e outras sequelas que precisam ser tratadas”, explica a dermatologista Annia Cordeiro Lourenço.

Conforme a especialista, isso acontece porque a exposição ao sol sem proteção ou com proteção inadequada aumenta a pigmentação da pele e, além de facilitar o aparecimento de novas manchas, as já existentes tendem a piorar.

“A cada verão, tem aumentado o número de mulheres com manchas escuras no rosto, chamadas de melasma, também consequência da exposição sem cuidados ao sol, calor e luz”, constata.

Procurando bem, quem aproveitou a temporada para andar mais à vontade nas praias e piscinas sempre encontra manchas e pele ressecada, que logo começam a dar trabalho. Muitas vezes, desprezados, principalmente pelas mulheres, os cuidados para revitalizar a pele e mantê-la saudável são, muitas vezes, esquecidos.

Mesmo apresentando importantes sinais, muitas pessoas resolvem ignorar as manchas e esperar que diminuam com o tempo. Entretanto, esse pode ser o primeiro passo para um agravamento do problema.

Mesmo com o fim dos dias mais quentes, o sol está presente o ano todo e causa um dano cumulativo na pele. No caso das manchas, elas pioram cada vez que a pessoa expõe-se aos raios solares. “As que surgem no rosto, por exemplo, tendem a se agravar, pois ficam continuamente expostas”, ressalta Annia Lourenço.

Efeito cumulativo

A dermatalogia Lígia Kogos ressalta que rosto e corpo podem até estar com uma cor bonita, porém a pele não cuidada pode apresentar-se com poros mais dilatados, ressecada e com uma aparência nada saudável.

“Alguns produtos podem ajudar a superar essa fase e atenuar o desconforto”, observa. Assim, o uso de loções corporais pós-sol ou sprays refrescantes, que não precisem ser retirados depois, “aliviam” os efeitos sobre a pele prejudicada.

“Ano após ano, aumentam as sardas e as manchas na pele, que envelhece mais rapidamente se não houver a preocupação de lhe dar vida nova após cada exposição aos agentes agressores”, adverte a dermatologista.

A regra número um no regresso de férias é evitar mais agressões à pele. Nada de banhos quentes, esfoliações severas e sabonetes, que minam a proteção natural. Prefira banhos mornos e rápidos, usando sabonete neutro, sobretudo nas regiões do corpo onde há maior transpiração, como as axilas, mãos e pés. No fim, não se esqueça – alimente a sua pele com um bom hidratante.

De acordo com a especialista, o que acontece é que as células da pele têm um ciclo de vida de 14 a 21 dias, que culmina com a formação da camada composta apenas dos restos celulares.

Com a exposição ao sol, o bronzeamento induz a um espessamento dessa camada, que se mostra com menos brilho. “Uma esfoliação leve – pode ser mecânica ou química – traz nova vida à pele e remove as células mortas”, recomenda.

Outros inimigos

Algumas pessoas desenvolvem manchas com a exposição ao sol e, consequentemente, à radiação ultravioleta.

Conhecidas por melasmas, elas podem e devem ser tratadas, sob supervisão médica, com ácidos, despigmentantes e fotoprotetores, desde que não haja nova exposição solar abusiva.

Outra alternativa são os peelings químicos e a laser, sempre sob orientação especializada.

Outros procedimentos ainda podem dar uma “forcinha” no visual, conforme a necessidade individual – como aplicação de toxina botulínica e preenchimento de rugas e sulcos.

É verdade que com o fim do verão chegou a hora de cuidar dos est,ragos causados por horas de praia e piscina.

Mas não se pode culpar o sol por todos esses estragos: não se esqueça de que o fumo, o álcool, o estresse, os excessos alimentares e cosméticos inadequados também são inimigos de uma pele saudável.

Dano invisível

É no verão que a pele mais sofre os danos pela exposição aos raios solares, o que resulta no envelhecimento precoce e aparecimento de rugas. Mesmo que as indesejáveis linhas não sejam perceptíveis, isso não significa que a pele saiu ilesa do verão.

A dermatologista Annia Lourenço explica que é possível realizar um diagnóstico preciso e avaliar as áreas mais danificadas pelo sol, identificando as rugas e manchas que ainda irão despontar na pele e, daí, prevenir o seu aparecimento.

“Por meio de um aparelho específico, é possível ter uma ideia clara se o paciente protege-se dos raios solares e como o faz e, assim, utilizar técnicas para retardar o aparecimento dos sinais consequentes dessa falta de cuidado”, completa.

Os 7 pecados que prejudicam a pele

1.Não usar filtro solar. Seu uso é essencial para a proteção, ajudando na prevenção ao câncer de pele.

2.Não retirar a maquiagem para dormir. Este hábito causa obstrução dos poros, acne, envelhecimento precoce, além de deixar a pele opaca e sem brilho.

3.Ingerir alimentos gordurosos com muita frequência. A saúde da pele está intimamente ligada ao bom funcionamento do aparelho digestivo.

4.Estresse. Fatores emocionais criam pontos de tensão na pele, ocasionando rugas e acentuando as linhas de expressão.

5.Pouca hidratação. O corpo é formado por 70% de água, e todas as funções vitais do organismo necessitam dela. A pele é o órgão que mais sente os efeitos da desidratação.

6.Tomar banhos com água muito quente. Este hábito elimina a lubrificação natural da pele, predispondo às doenças da pele. Para quem tem pele oleosa, não é recomendável lavar o rosto com sabonete comum.

7.Não fazer uso de hidratantes. Esses produtos adiam o aparecimento de rugas e devem ser usados de acordo com cada tipo de pele.

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