Metade das mulheres ouvidas pela pesquisa Câncer de Mama -experiências e percepções, realizada pela Pfizer citam que a doença é um dos seus principais medos.

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Segundo o oncologista clínico Marcelo Oliveira, do Núcleo de Estudos Oncológicos (Neo Saúde), o trauma da mutilação é o principal vilão da doença.

“A ideia da mutilação, para as mulheres, envolve muitos fatores, que vão do relacionamento com os filhos, marido, até o impacto econômico que a doença desencadeia”, reconhece.

Conforme os especialistas, apenas 10% dos cânceres de mama têm origem genética. Os outros 90% são casos aleatórios, que estão ligados a fatores de risco, como o consumo de alimentos com alto risco de serem carcinógenos, exposição à radiação, menarca precoce, nuliparidade (não ter filhos), entre outros.

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Oliveira observa que o risco em mulheres que não tem filhos, se deve à mama só se desenvolver completamente depois da primeira gestação. “Além desses, a idade continua sendo um dos principais fatores de risco”, comenta.

Autoexame

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As taxas de incidência da doença aumentam rapidamente até os 50 anos de idade e, posteriormente, se dá de forma mais lenta. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais frequente no mundo e o mais comum entre as mulheres.

O diagnóstico precoce ainda é o melhor passo para o tratamento e a cura. Se submeter a uma mamografia a partir dos 30 anos, para quem não tem histórico de câncer é fundamental, pois em 25% dos casos esse exame consegue detectar algum tumor.

Já, em casos de dúvidas, há outros exames, como a ecografia, a ultra-sonografia e, em último caso, a ressonância magnética que pode esclarecer dúvidas em relação aos resultados dos outros exames.

A tecnologia existente pode ajudar muitas mulheres na detecção precoce. “É importante sempre fazer os exames, pois se a mulher consegue sentir algum sinal com o autoexame é porque a doença já está em estágio mais avançado”, adverte o oncologista. Com efeito, incorporar a mamografia como um exame de rotina pode salvar muitas vidas.

Exemplo de determinação

Algumas mulheres encararam a doença de frente, superaram os medos e lutam bravamente para vencer a doença, entre elas, a advogada L. S., que descobriu a doença há dois anos.

“Quando senti os nódulos, não levei muito a sério, demorei dois meses para fazer meus exames, a mamografia e a ecografia solicitadas pela minha médica”, lembra.

A partir daí a luta da advogada começou. Ela fez uma biópsia na mesma semana e descobriu que o seu tumor estava em estágio inicial e era, para sua sorte, era superficial. “O cirurgião me explicou que, devido à minha idade, e à possibilidade de recidiva era aconselhada a retirada total das duas mama”, relembra.

Ela encarou a doença de frente e positivamente. “Primeiro me foquei na cirurgia e só depois na quimioterapia. Como a luta é longa, fui pensando sempre passo a passo”, ressalta. L. S. ainda precisa tomar bloqueadores hormonais pelos próximos cinco anos, mas esbanja otimismo.

Diz que procura levar uma vida normal, pois se considera ainda é jovem e tem muita “vida” pela frente. “Tento encarar a vida com mais ânimo, pois estou curada, mais ainda em tratamento, nunca me encarei como doente”, afirma confiante.

Para o oncologista Marcelo Oliveira, a advogada é um exemplo de determinação no tratamento. No seu caso, o diagnóstico precoce ajudou tanto no tratamento quanto na cura. “Descobrir a doença no início é garantir que o câncer de mama não se torne o vilão da vida da mulher”, completa.

Números da desinformação

De acordo com a pesquisa Câncer de Mama – experiências e percepções, realizada pela Pfizer, a maioria das mulheres se diz informada sobre a doença, no entanto, esse “conhecimento” não foi comprovado na pesquisa em que foram ouvidas 320 mulheres (200 portadoras de câncer de mama e 120 sadias).

* 85% das mulhere,s se consideram informadas sobre o tema
* 87% das portadoras acha o estresse sua principal causa
* 43% das mulheres sadias acreditam que podem desenvolver o câncer de mama
* 65% das portadoras acreditam que não adianta prevenir, se o câncer tiver que aparecer, vai aparecer.
* 83% das portadoras e 93% das sadias costumam consultar um ginecologista ou mastologista anualmente
* 51% das portadoras citam a morte como o maior medo e 51% das sadias apontam a perda da mama o pior trauma