Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que, atualmente, a malária é a endemia parasitária mais prevalente no mundo, afetando cerca de 250 milhões de pessoas em mais de 109 países, especialmente na África, Ásia e América Central.
No Brasil, a doença é endêmica na região amazônica, mas com transmissão esporádica em outras regiões devido à presença de vetores em mais de 80% do território nacional.
Diagnosticar a malária o mais cedo possível é muito importante para evitar mortes. Porém, um estudo conduzido por Anielle de Pina Costa, pesquisadora da Fiocruz, mostra que essa não é uma tarefa fácil em regiões onde não há uma cultura de prevenção à doença.
Ela explica que, embora a tríade clássica da malária seja constituída por calafrios, febre intermitente e cefaleia, os sintomas da fase inicial (mal-estar, náuseas, tonturas, cansaço, febre contínua e sudorese) são inespecíficos e comuns à maioria das síndromes febris agudas, o que pode confundir profissionais de saúde e retardar o seu diagnóstico.
“Tal retardo, comum em áreas onde a doença não é endêmica, pode resultar em doença grave e óbito, também proporcionalmente mais comum na região extra-amazônica”, explicam os especialistas.
Fonte: Notisa