Médico anuncia avanço na luta contra câncer de mama

Uma importante pesquisa na área de oncologia pode ser a esperança para milhares de mulheres com câncer de mama, submetidas à cirurgia.

A novidade, apresentada no final de maio durante o Congresso Mundial de Oncologia, mostra que a utilização do tratamento quimioterápico à base de Taxotere (docetaxel), combinado com duas outras drogas, a adriamicina e a ciclofosfamida (TAC), apresenta uma probabilidade 11% menor de reincidência da doença.

O resultado da pesquisa – que dura três anos e ainda não foi concluída – foi apresentada ontem a médicos da área em Curitiba pelo oncologista Sérgio Lago, coordenador de Oncologia Clínica do Hospital Santa Rita, de Porto Alegre (RS).

“A possibilidade de tratar o câncer de mama de forma preventiva em quem já teve a doença e que pode voltar a ter, é o que mais chama a atenção”, conta. Segundo ele, o resultado apresentado durante o Congresso é bem superior do que a medicina já conhecia. “É uma luz que brilha, uma grande perspectiva para quem já esteve doente”, afirma.

Aumento

Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) indicam que a mortalidade por câncer de mama vem aumentando significativamente nos últimos vinte anos, acentuando-se a partir da década de 90. A estimativa é que em 2002, sejam registrados cerca de 36 mil novos casos de câncer de mama e haja aproximadamente 9 mil óbitos. Com relação à sobrevida, estima-se que 96% a 97% das pacientes que tenham se submetido a tratamento ainda no primeiro estágio – tumor com no máximo 2 centímetros de diâmetro -, sobrevivem. Esse percentual cai para pouco mais de 20% na fase quatro – metástase. “É difícil dizer definitivamente que a paciente esteja curada. Provavelmente só depois de dez anos, sem que a doença volte a se manifestar, seja possível”, comenta o médico.

Ele orienta que as mulheres acima de 40 ou 45 anos se submetam à mamografia. Quem já teve casos da doença na família, o ideal é se prevenir a partir dos 30 anos, ou ainda antes. Outros fatores de risco são o tabagismo, obesidade e consumo regular de álcool.

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