Setembro é mês das flores e também época de aumento no número de casos de crianças com catapora. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, o número anual de casos no Brasil corresponde cerca de 3,3 milhões. Como a doença é relativamente comum neste período, muitas mães acabam dando remédios inadequados às crianças quando há suspeita de catapora.
A catapora é causada por vírus e na maioria dos casos se manifesta de forma benigna. Entretanto, segundo a Dra. Claudia Nascimento, pediatra do Hospital e Maternidade São Camilo-Ipiranga, dependendo da resistência da criança podem ocorrer complicações como pneumonia, otites (infecção no ouvido) e infecções na pele.
Normalmente, a catapora acomete crianças entre 2 a 10 anos e os principais sintomas são: febre e bolhinhas (vesículas) pelo corpo. Da febre até a formação de crostas (cascas) a catapora pode durar de uma semana a 10 dias.
O contágio se dá com contato direto com as lesões da pele ou respiração. Felizmente, existe uma vacina contra a doença que pode ser dada à criança a partir de um ano de vida. Embora a vacinação não afaste o risco da criança contrair a catapora, ela pode sentir os efeitos da doença em menor intensidade.
A Dra. Claudia alerta que o ácidoacetilsalicilico, substância encontrada em remédios como a aspirina e o melhoral infantil, pode ser nocivo à saúde da criança com catapora. Isto porque a combinação deste produto com o vírus pode desencadear uma doença chamada síndrome de Reye. De acordo com a médica, esta síndrome pode levar a criança a sofrer alterações hepáticas, a ter crises convulsivas e outros.