Um estudo comparativo, comandado por três pesquisadores internacionais, comprovou a preferência global dos pacientes com problemas de disfunção erétil (impotência) pelo medicamento Levitra (vardenafila) quando confrontado com o Viagra (sildenafila). A pesquisa foi apresentada no Cairo, Egito, durante o 12.º Congresso Mundial da Sociedade Internacional de Medicina Sexual, e será publicada em dezembro no Journal Sex of Medicine. Participaram da pesquisa 1.057 homens dos Estados Unidos, México e Alemanha.
Os participantes do estudo, denominado Confirmed, com média de idade de 57,9 anos, obtiveram maior satisfação com a vardenafila, além de outros quesitos, na facilidade, duração e rigidez da ereção e, também, no tempo de resposta após o uso do medicamento. A disfunção erétil é caracterizada pela incapacidade de obter ou manter uma ereção satisfatória para a atividade sexual. O problema pode se manifestar em homens de qualquer idade, podendo se tornar uma condição permanente, que pode se repetir em ocasiões específicas ou todas as vezes, devida, principalmente, ao estresse.
Não à automedicação
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A maioria dos casos de impotência é orgânica, normalmente associada a doenças, como diabetes ou doenças vasculares, justamente o perfil dos participantes do Confirmed. O mestre em urologia Eduardo Bertero ressalta que mesmo nesses casos há componentes psíquicos, como ansiedade, medo do fracasso ou até problemas de relacionamento, que podem impactar diretamente na saúde sexual do homem.
Os participantes do estudo foram selecionados aleatoriamente e utilizaram os dois medicamentos em períodos alternados, respeitando o período de eliminação espontânea e natural de resíduos medicamentosos no organismo. Nem médicos nem pacientes tomaram conhecimento prévio dos medicamentos ingeridos em cada etapa da pesquisa. Ao final do tratamento, eles responderam um questionário, avaliando a eficácia do estudo.
No Brasil, o Levitra, conforme dados da indústria, é o medicamento para impotência mais receitado pelos médicos, no entanto, devido principalmente à automedicação, detém apenas 25% do mercado. De acordo com os médicos, essa pesquisa é importante, pois comprova que os laboratórios farmacêuticos se preocupam em melhorar os tratamentos já existentes, de forma a oferecer benefícios aos pacientes que querem enfrentar as dificuldades que afetam de forma relevante a sua qualidade de vida.
