Milhares de manifestantes participaram na manhã deste domingo (6), em São Paulo, de uma caminhada em comemoração ao Dia Mundial da Atividade Física. Balões coloridos, camisetas brancas garrafas de água e muita disposição deram o tom da caminhada, que teve início no Museu de Artes de São Paulo (Masp) e seguiu até a Assembléia Legislativa, perto do Parque do Ibirapuera. Para acompanhar a caminhada, trios elétricos, caminhões-pipa e ambulâncias.
A Polícia Militar estimou em 5 mil pessoas o número de participantes do evento, mas para os organizadores, cerca de 15 mil pessoas estiveram presentes na caminhada. O evento foi organizado pelo Agita São Paulo, com apoio da Secretaria de Estado da Saúde, e teve a intenção de mostrar a importância de uma vida ativa, estimulando a prática de exercícios físicos.
Segundo Douglas Andrade, um dos coordenadores do Agita São Paulo a mensagem básica do programa – que nasceu em 1997 – é que "todo cidadão deveria acumular pelo menos 30 minutos de atividade física todos os dias".
"A população, de uma maneira geral, tem uma indignação maior contra o tabagismo e questões ligadas ao ambiente. O que a gente procura fazer, através da mobilização social, é que a população, de uma maneira geral, não se conforme com a comodidade e com a vida sem atividade física", disse Andrade, em entrevista Agência Brasil.
Segundo ele, as pessoas não precisam necessariamente freqüentar uma academia de ginástica para fazer atividades físicas. "[A pessoa] pode se envolver com movimentos no dia-a-dia: usar menos o carro, aproveitar as escadas ao invés do elevador, por exemplo", explica.
O evento deste domingo atraiu de crianças a idosos. Claudinei Pereira de Oliveira, 44 anos, levou a sobrinha de 7 anos e sua filha de 6 para acompanhá-lo na caminhada. "É muito importante essa integração e fazer esse entrosamento entre crianças e pais" disse. Para ele, a prática de exercício físico é importante para a "saúde, para a integração e porque quando se faz uma caminhada, não se faz só: você conversa, abre a sua cabeça, faz amizade".
A dona-de-casa Lúcia Santana de Souza, 62 anos, faz parte de um grupo para a Terceira Idade e costuma praticar exercícios físicos regularmente. "Sinto-me melhor hoje do que quando não fazia atividades físicas", conta.
Para Romeu Maffei Jr., médico de 60 anos de idade e um dos participantes da caminhada, "a atividade física faz bem para a cabeça, para a mente e faz com que as pessoas tenham uma saúde melhor, que vivam e se sintam melhores". De acordo com ele, o ideal seria que todas as pessoas pudessem praticar pelo menos 30 minutos de atividades físicas diariamente. "Não precisa ser uma atividade intensa, mas uma atividade regular. Trinta minutos por dia já diminui o risco cardíaco", afirma.