No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde (MS), mais de 2 milhões de pessoas podem estar infectadas. Essa estatística eleva a hepatite C ao status de uma doença cinco vezes mais infecciosa do que a aids. Segundo o MS, outro dado preocupante é que a hepatite C apresenta a taxa de mortalidade com maior crescimento no país, tendo aumentado 30,6%, em média, em 2005.

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Potencialmente fatal, a hepatite C é uma das formas mais agressivas de hepatites causadas por vírus. Pouco conhecida pela população, a doença não apresenta sintomas e pode evoluir mais rapidamente de acordo com alguns fatores, como o consumo de álcool, drogas, sexo masculino e idade do paciente. Além disso, o estado clínico do portador, incluindo a presença concomitante de outras doenças, como aids, diabetes e obesidade podem influenciar, de forma desfavorável, a evolução da doença.

O portador pode conviver com ela durante décadas, sem perceber o avanço da infecção, que pode culminar, em longo prazo, em cirrose ou câncer do fígado. O vírus da hepatite crônica C é transmitido por meio do contato direto com sangue humano contaminado, que pode ocorrer durante transfusões de sangue ou do uso de hemoderivados que não foram testados adequadamente. No entanto, com a prática universal do teste anti-HCV nos bancos de sangue, a partir de 1992, reduziu-se drasticamente o risco de contaminação. Atualmente, as formas mais comuns de contágio incluem o uso de drogas ilícitas com agulhas e seringas compartilhadas e acidentes com material perfurocortante contaminado, como lâminas, bisturis e agulhas.

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