Segundo os últimos dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), em 2002, mais de 3,2 mil pessoas morreram no País em virtude dos linfomas, uma média de nove óbitos por dia. O linfoma se desenvolve nos gânglios do sistema linfático, que é responsável, entre outras coisas, pela defesa natural do organismo contra infecções. Os gânglios linfáticos estão situados no pescoço, axilas e virilhas. Internamente, são encontrados principalmente no tórax e abdome, além das amígdalas, fígado e baço.

Apesar do número de casos ter aumentado nos últimos anos, esse tipo de câncer ainda é um dos que menos mata, aproximadamente 2% das pessoas que o desenvolve. A porcentagem de cura dos pacientes chega a aproximadamente 80% dos casos.

Em Curitiba, o Hospital Erasto Gaertner atende em média a dois casos de linfoma por semana. É um número reduzido, mas que não deixa de fazer parte das preocupações das entidades ligadas ao estudo da doença. Para isso, hoje, no Dia Mundial de Conscientização sobre Linfomas, a capital participa de uma campanha sobre esse tipo de doença. No período da tarde, no Shopping Estação, ações de esclarecimento estarão acontecendo junto à população.

O evento também estará acontecendo em outras quatro cidades: São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Campinas. “Apesar de ser o primeiro ano que Curitiba participa, outras capitais já desenvolvem há anos essas campanhas. Queremos alertar a população sobre esses casos”, disse o médico oncologista João Antônio Guerreiro.

O sintoma inicial do linfoma costuma ser um aumento indolor nos gânglios. Febre, suor, principalmente à noite, perda de peso e coceira são outros indicativos. “O tratamento comum nesses casos é a quimioterapia ou radioterapia, depois da realização de uma biópsia para se verificar o grau de desenvolvimento do tumor. Mas, mesmo sendo uma doença com grandes chances de cura, é necessário a conscientização da população. Muitas pessoas nem sabiam da existência do linfoma. Daí a importância da campanha”, destacou o médico.

continua após a publicidade

continua após a publicidade