Nos seis primeiros meses de vida, o único alimento que o bebê precisa para crescer sadio é o leite materno.

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Todos os nutrientes estão ali. A criança não necessita nem mesmo de água. O leite materno também pode evitar que, no futuro, a pessoa sofra diversos problemas de saúde.

A nutricionista Vanessa Fernandes Davies salienta que no primeiro semestre de vida, as mães não precisam se preocupar em dar água ou chá aos filhos, por achar que eles sentirão sede.

Oitenta por cento do leite materno é composto de água. Frutas, verduras, carnes e legumes passam a fazer parte da alimentação do bebê após esse período. “Até os dois anos ou mais, as mães devem continuar amamentando, ao mesmo tempo em que oferecem os alimentos usados pela família”, afirma a especialista.

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Conforme a nutricionista, o benefício da amamentação vale por toda a vida. Crianças que mamam têm menos risco de sofrer de doenças respiratórias, infecções urinárias ou diarréias, problemas que podem levar às internações e até à morte.

O bebê amamentado corretamente terá menos chance de desenvolver diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares. Para as mulheres, o ato também traz benefícios, como reduzir o sangramento após o parto e diminuir a incidência de anemia, de câncer de mama e ovário e também a osteoporose.

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Ato de amor

Até a década de 1970, a mortalidade infantil atingia níveis extremamente elevados em todo o mundo. As causas principais eram doenças relacionadas ao desmame precoce.

Em 1979, a OMS, o Unicef e representantes de governos e organizações não-governamentais concluíram que a única forma de reverter esse quadro era estabelecer políticas de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno no mundo inteiro.

Cristina Boaretto, técnica do Ministério da Saúde, observa que na hora de amamentar, a mãe e bebê precisam estar em posições confortáveis, com a criança bem apoiada e com o corpo virado para o da mãe.

De acordo com a especialista, o tempo de sucção depende de cada bebê. Alguns conseguem sugar todo o leite em poucos minutos. Outros demoram até meia hora para retirar o leite necessário. “Em qualquer caso é importante respeitar o ritmo da criança”, frisa.

As mães que não conseguem amamentar podem recorrer aos bancos de leite humano. Eles atendem, principalmente, bebês prematuros ou doentes que não conseguem mamar no peito da mãe.  Assim, os recém-nascidos recebem os nutrientes adequados e se recuperam mais rapidamente.

Durante a gravidez, as mulheres podem se informar sobre as vantagens do aleitamento e sobre como amamentar nos bancos de leite, centros de saúde, hospitais e maternidades – principalmente os reconhecidos como “Hospital Amigo da Criança” – e com os agentes e profissionais de saúde do Programa Saúde da Família.