Cientistas americanos acreditam que crianças e adolescentes latinos têm um risco maior de desenvolver uma das formas de diabetes mais comum entre adultos. Segundo uma pesquisa publicada pela revista científica Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism, três em cada dez crianças latinas correm risco de desenvolver a diabetes 2 nos Estados Unidos.

Os médicos responsáveis pelo estudo disseram que o risco elevado entre essas crianças pode ter uma causa genética, mas insistem que os pais têm que desempenhar o papel de controlar o que as crianças comem.

O estudo analisou crianças latinas entre 8 e 13 anos de idade. Três em cada dez tinham pelo menos um fator de risco de contrair a diabetes 2: pressão alta, baixas taxas do chamado “bom colesterol”, obesidade, um tipo de gordura ligada a doenças cardíacas e altos níveis de açúcar no sangue, situação também conhecida como “pré-diabetes”.

Fatores genéticos

Os cientistas acreditam que, provavelmente, a porcentagem desses fatores entre as crianças latinas é maior do que no resto da população americana por causa de fatores genéticos. Mas, como diz o responsável pela pesquisa, Michael Goran, obesidade e estilo de vida são “fatores fundamentais”. “A recomendação é a mesma dada aos adultos. Mudanças no estilo de vida, como melhora na alimentação e maior atividade física fazem diferença”, afirmou Goran.

Os pesquisadores esperam que os resultados encontrados entre as crianças de origem latina nos Estados Unidos sirvam como um alerta aos países latino-americanos, em particular aqueles em que as crianças assistem muita TV, não fazem exercício suficiente e comem muita porcaria.

Os cientistas agora esperam poder comparar o risco de diabetes entre latinos e outros grupos étnicos das Américas e encontrar um gene que possa estar ligado ao problema.

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