Laboratório lança manual para ajudar portadores de HIV durante o tratamento

Os profissionais de saúde e familiares de portadores do vírus HIV em Pernambuco têm agora um manual que vai ajudá-los a buscar estratégias para auxiliar os pacientes de aids a superar as dificuldades durante o tratamento. A publicação, patrocinada pelo Laboratório Bristol Myers Squibb, fornecedor para o Ministério da Saúde de dois dos 15 medicamentos que compõem o coquetel contra o vírus HIV, foi lançado ontem à noite pela Sociedade Brasileira de Infectologia. O manual, já lançado em São Paulo e Rio de Janeiro, será divulgado amanhã em Porto Alegre e depois em Brasília.

O médico Juvêncio Furtado, diretor do Serviço de Infectologia, do Hospital Heliópolis, de São Paulo, destacou que para se obter um resultado terapêutico satisfatório no tratamento da aids é necessário que 95% das doses dos medicamentos prescritos sejam tomadas. O manual informa que crianças pequenas têm dificuldade de tomar a medicação por causa do sabor e dos efeitos colaterais dos fármacos e sugere que a equipe médica busque alternativas para minimizar a rejeição.

Antônio Carlos Salles, diretor de assuntos coorporativos do Laboratório Bristol explicou que a expectativa é de que o manual chegue aos médicos infectologistas, a unidades de tratamento de soropositivos, a parentes de pacientes e a organizações não-governamentais. Ele explicou que a adesão significa a concordância dos pacientes em tomar os remédios com a freqüência e a dosagem diária exigidas. "Além disso, o tratamento também envolve regularidade nas consultas, realização de exames periódicos e cuidados com a alimentação e higiene", observou.

O coordenador regional do Programa Nacional de Doenças Sexualmente transmissíveis e Aids, François Figueroa afirmou que o manual vai favorecer os profissionais de saúde no sentido de promover a conscientização dos pacientes, para que eles sejam motivados a prosseguir com o tratamento. Figueroa assegurou que a epidemia de aids, notificada na década de 80 no Brasil, vem apresentando tendência à estabilização. Ele alertou, no entanto, que não se pode descuidar do uso do preservativo. Dos 8.750 casos da doença registrados em Pernambuco, a maioria é em homens.

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