Quem já sofreu do mal entende bem o significado. Não tem nada de dengoso, a não ser a moleza ou fraqueza que o doente sente. A dengue é uma doença infecciosa, transmitida por um mosquito. Ela se prolifera nos países tropicais, onde se transforma em um sério problema de saúde pública. No Brasil, as condições do meio ambiente favorecem o desenvolvimento e a proliferação do Aedes aegypti, principal mosquito transmissor da doença. Para evitar os riscos de uma epidemia são necessárias diversas medidas para o controle da doença. No mês de janeiro, a Secretaria da Saúde confirmou 89 casos de dengue no Paraná.
A transmissão da doença se dá pela picada do mosquito que ficou infectado porque picou uma pessoa doente. Ao picar uma pessoa sadia, o mosquito passa o vírus e a pessoa fica doente. Não há transmissão pelo contato direto de uma pessoa doente para uma pessoa sadia. Também não há transmissão pela água, por alimentos ou por quaisquer objetos.
Por isso, é importante conhecer os hábitos do mosquito para melhor combatê-lo. O Aedes é uma espécie doméstica. Nasce e se reproduz em água parada em latas, pneus, vasos, entre outros. É encontrado também em ocos de árvores, desde que estejam próximos às casas. Dificilmente é encontrado a mais de 100m das residências.
Ambiente doméstico
Todo mundo pode “pegar” dengue, independentemente do sexo e idade. Observa-se que grupos mais expostos ao vetor adquirem mais a doença. É o caso das mulheres que, em razão do maior tempo de permanência no ambiente doméstico, têm maior risco de contrair a dengue. Depois que a pessoa foi picada por um mosquito contaminado, ela não fica logo doente; começa a sentir os sintomas após 3 e até 15 dias. O intervalo sem sintomas chama-se ?período de incubação?.
Existem duas formas de dengue: a clássica e a hemorrágica. A dengue clássica é usualmente benigna. Inicia-se com febre alta, podendo apresentar dor de cabeça, prostração, dor muscular, náusea, vômito, dor abdominal, entre outras moléstias. No final do período febril podem ocorrer sangramentos, mas eles são raros na dengue clássica.
Já na dengue hemorrágica, os sintomas iniciais são os mesmos da dengue clássica, porém evoluem rapidamente para manifestações hemorrágicas de gravidade variável. Os casos típicos são caracterizados por febre alta, fenômenos hemorrágicos que vão desde leves sangramentos gengivais até manifestações graves, como hemorragia gastrointestinal, intracraniana e derrames. Nos casos mais graves, após o desaparecimento da febre, o estado do paciente se agrava repentinamente, com sinais de insuficiência circulatória e choque. Este estado pode levar o paciente a óbito em 12 a 24 horas.