Jovem transplantado deve ter alta em três meses

O jovem Adriano da Silva, de 15 anos de idade e morador do município de Terra Roxa, no Oeste do Estado, acaba de ganhar vida nova. Ele foi o primeiro adolescente a ser submetido, com sucesso, a um transplante de coração no Paraná. A cirurgia aconteceu no último dia 19, no Hospital Pequeno Príncipe.

Segundo o cirurgião que chefiou a equipe de transplante, Fábio Sallum, Adriano recebeu o coração de um rapaz de 24 anos que teve morte cerebral após ser vítima de um acidente de carro. A compatibilidade foi verificada através de tipo sangüíneo e do fator RH. “Adriano tinha uma miocardiopatia dilatada (dilatação do músculo do coração) e estava em fase terminal. Já não conseguia se locomover e tinha até dificuldades para respirar”, conta o cirurgião.

A retirada do coração do peito do doador foi realizada no Hospital Evangélico, também em Curitiba. Na seqüência, o órgão foi levado para o Pequeno Príncipe e voltou a bater no corpo de Adriano duas horas e meia depois de ter parado de bater no jovem de 24 anos. A cirurgia durou três horas e meia e envolveu uma equipe de quinze profissionais.

O adolescente deixou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na última sexta-feira. Em três semanas, deve ser transferido para a casa de apoio do Pequeno Príncipe, permanecendo lá por cerca de sessenta dias. Depois desse período, poderá voltar para sua cidade e seus familiares. “Uma enfermeira de um posto de saúde de Terra Roxa está recebendo orientações para controlar a medicação de Adriano e também recebendo informações sobre possíveis complicações”, informa o coordenador do transplante, Leonardo Soares.

Embora os riscos de complicações, como infecções e rejeição, não possam ser descartados, a recuperação de Adriano vem surpreendendo os médicos. “Adriano está bem e em breve irá levar uma vida normal, podendo estudar, trabalhar e mesmo praticar esportes”, comenta Leonardo. “Ele terá sempre que tomar alguns medicamentos e, nos primeiros anos, utilizar máscara em ambientes fechados. Mas isso não irá impedi-lo de ter uma vida semelhante às pessoas de sua idade.”

Adriano e sua mãe, Marlene da Silva, estão confiantes e ansiosos para voltar depressa para casa. O adolescente está cheio de planos para o futuro. “Antes da cirurgia, eu me sentia bastante cansado, estava com muitas dores e não podia fazer quase nada. Agora, sonho em andar de bicicleta, jogar bola e estudar. As dores e o cansaço acabaram”, conclui.

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