Intoxicação alimentar aumenta no verão

Poucas coisas são mais desconfortáveis e desagradáveis do que ter as férias interrompidas por uma intoxicação alimentar, aquelas indisposições que provocam vômitos, diarréia, dores abdominais e de cabeça. Tudo porque a proliferação de bactérias acontece mais rapidamente em ambientes quentes e úmidos, que se associados a condições impróprias de higiene, fazem com que os alimentos provoquem mal estar e intoxicação. Por este motivo, o verão é a estação com maior incidência de doenças relacionadas com os alimentos.

É natural que o organismo sofra com tal mudança e é nessa hora que a oportunista intoxicação alimentar se instala. O distúrbio ocorre quando uma pessoa ingere alimentos contaminados por certas bactérias. ?Quando viajam, as pessoas modificam os seus hábitos alimentares e se preocupam menos com a alimentação?, comenta Carlos Eduardo Corsi, cirurgião do aparelho digestivo, salientando que alimentos derivados de ovos, como a maionese, os peixes e os frutos do mar são alguns dos que mais comumente levam a uma intoxicação.

Para evitar problemas relacionados à alimentação, o médico ressalta que as pessoas devem observar, principalmente, como são conservados os alimentos e como estão expostos a agentes deteriorantes, como o calor e a manipulação humana. ?O peixe é um excelente alimento. O importante é observar a consistência da carne, que deve estar firme e se desfazer em lâminas. Carne de peixe que esfarela não deve ser consumida?, alerta o médico.

Desidratação

A gastroenterologista Heda Amarante explica que os sintomas da intoxicação são caracterizados basicamente por uma desidratação causada por diarréia e vômitos, que se acentua quando as temperaturas se elevam. Na maioria dos casos, o problema pode ser resolvido com a ingestão de muito líquido (água, chá, soro caseiro) e uma boa dieta, que pode incluir canja de galinha, torradas, bananas e gelatina.

A especialista explica que a contaminação dos alimentos é feita por bactérias. Elas liberam toxinas no alimento antes dele ser ingerido, gerando distúrbios no organismo humano. Os casos mais graves, conforme a especialista, acontecem quando as pessoas ingerem alimentos com as bactérias presentes, ?fato que causa uma gastroenterite infecciosa, invariavelmente confundida com uma intoxicação alimentar comum?, frisa Heda.

Os antibióticos raramente são receitados para pacientes com o distúrbio, porque, em geral, eles atuam apenas sobre a corrente sangüínea e as bactérias estão presentes no intestino. Além disso, podem, até mesmo, impedir que o mecanismo natural de defesa do organismo combata a infecção. Normalmente os alimentos são contaminados no manuseio ou em contato com a terra e até com a água. Os insetos também podem ser responsáveis por essa contaminação.

Todo cuidado é pouco

Confira abaixo algumas dicas para evitar que as intoxicações estraguem as férias:

* Não consumir frios os alimentos que deveriam ser servidos quentes, como os espetinhos de camarão, por exemplo.

* Dê preferência a frutas e alimentos leves, sem cremes ou maionese.

* Consuma alimentos fritos na hora.

* Ostras e crustáceos devem ser bem cozidos.

* Alimentos comprados de ambulantes ou em barracas de praia são sempre arriscados.

* Alimentos expostos ao calor correm o risco de deterioração pelo tempo de armazenamento fora da geladeira.

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