Nos países em desenvolvimento, como o Brasil, a maior parte dos adolescentes começa a fumar com 12 anos. Uma pesquisa da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) apontou que as maiores taxas de iniciação precoce ao tabagismo no país foram observadas em cidades do sul e sudeste, principalmente em Porto Alegre (RS), Curitiba (PR) e Vitória (ES).
Quanto mais cedo o jovem começar a fumar, maior será o risco de mortes prematuras na vida adulta. A diferença em alguns anos no início do tabagismo pode aumentar em quase o dobro os riscos de danos à saúde. Estima-se que um em cada três adolescentes fumantes morrerá prematuramente devido ao tabagismo.
Da mesma forma que aumenta o número de fumantes, aumentam as evidências clínicas sobre os malefícios provocados pelo tabagismo. Sabe-se hoje que o cigarro causa mais mortes que a soma das causadas por aids, cocaína, heroína, álcool, incêndios, acidentes de automóvel e suicídios. O tabaco contribui para uma em cada oito mortes no mundo. Só no Brasil, o cigarro mata cerca de 80 mil pessoas a cada ano, de acordo com a OPAS.
Essas informações estão começando a afetar o fumante. Hoje, mais da metade da população tabagista quer parar de fumar. ?Tabagismo é doença e existe tratamento. Porém poucos procuram ajuda?, constata o pneumologista Ciro Kirchenchtejn, coordenador do Help Fumo, grupo de apoio ao abandono do tabagismo. Com toda a informação disponível sobre os malefícios provocados pelo tabagismo, pode-se concluir que o cigarro é um dos produtos legalmente disponíveis no mercado que causam sérios danos à saúde, inclusive a morte.
