Inibidores de enzimas podem retardar o desenvolvimento de tumores e levar a tratamentos que previnem a reincidência do câncer, segundo pesquisadores do Centro Médico da Universidade do Texas. O estudo, publicado na edição deste mês da revista Cancer Research, utilizou inibidores de telomerase, uma enzima que mantém telômeros ativos e é encontrada na maior parte das células cancerosas, mas não nas saudáveis.

Telômeros são seqüências repetidas de DNA no fim de cada cromossomo, que acredita-se, agem como mecanismos de contagem do envelhecimento celular. Se forem mantidos ativos ou tiverem seu funcionamento desregulado, eles podem causar a reprodução desenfreada das células, ação que caracteriza o câncer.

Inibidores de telomerase, porém, oferecem alguns desafios à terapia. Estudos anteriores descobriram que era preciso aplicar os inibidores por muitos meses antes que os tumores pudessem ser significativamente reduzidos.

Proliferação barrada

Os pesquisadores da Universidade do Texas trataram células humanas cancerosas cultivadas em laboratório com um composto que bloqueia a atividade da telomerase, acabando com a proliferação das células depois de apenas algumas semanas.

Além disso, células de câncer de próstata tratadas com o inibidor malformaram tumores em ratos e geraram níveis muito baixos de antígeno prostático específico (PSA), um marcador associado à malignidade do câncer. Células tratadas com um composto similar, mas que não inibia a ação da telomerase formaram tumores grandes com altos níveis de PSA.

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