Tradicional medicamento não pode ser consumido pelas crianças inglesas. |
As autoridades britânicas proibiram a venda de aspirina a menores de 16 anos, para minimizar o perigo de contrair úlceras, reduzir as possibilidades de doentes em estado de coma e evitar mortes prematuras.
Os fabricantes de aspirina no Reino Unido, Alka-Seltzer, Anadin, Aspro, Beechams Powders e Disprin, deverão mostrar avisos correspondentes em todos os seus produtos.
A decisão oficial foi tomada devido ao temor das autoridades pelo crescente número de jovens que apresentam diversos tipos de úlceras, além de casos de pacientes muito jovens em estado de coma.
O Comitê Independente de Segurança Medicinal (CSM) advertiu no começo do ano que a aspirina, até agora proibida para menores de 12 anos (desde 1986), deveria ser evitada por crianças entre 13 e 15 anos, por temor de provocar efeitos colaterais.
“O perigo do consumo de aspirinas entre crianças menores de 16 anos é relativamente pequeno, mas não podemos continuar expondo-os a esses riscos”, declarou um porta-voz do CSM.
O cientista e especialista em remédios com paracetamol John Breckenridge declarou, por sua vez, que as medidas anunciadas são “acertadas”. “É importante não causar pânico com essa medida, mas também é essencial informar pais e crianças da relevância da advertência pelos riscos concretos a que se expõem as crianças”, disse Breckenridge.