Incidência de esclerose múltipla aumenta nas grandes cidades

A incidência da esclerose múltipla tem registrado aumento nas grandes cidades do mundo. A informação é do neurologista e professor da Universidade Federal do Paraná, Walter Arruda, que ministra a terceira aula do curso online Educação Científica Continuada em Esclerose Múltipla que a Academia Brasileira de Neurologia e o Laboratório Serono oferecem gratuitamente aos neurologistas.

"Na medida em que melhoram as condições de higiene e diminuem os casos de doenças infecciosas e parasitárias, aumenta a incidência de doenças auto-imunes como a esclerose múltipla", explica o médico. "Existem estudos que investigam se fatores ambientais como a poluição dos grandes centros urbanos ou produtos químicos ? como corantes e conservantes ? podem contribuir para desencadear os sintomas em pessoas que tenham predisposição genética para a doença", acrescenta o professor da UFPR.

Estudos recentes mostram que em alguns países, principalmente do hemisfério norte, o número de novos casos da patologia por ano aumentou 300% desde a década de 60 até os dias atuais. No Brasil não há dados precisos sobre a incidência (novos casos por ano) da esclerose múltipla, mas estima-se que existam entre 25 mil a 50 mil pessoas com a doença no país. Até o momento a causa da Esclerose Múltipla é desconhecida. Acredita-se que seja determinada por fatores genéticos (na verdade, vários genes) que levam à uma predisposição variável e individual de pessoa para pessoa a desenvolver a doença.

Estudos sugerem também que os mecanismos de defesa do organismo (sistema imunológico) estejam envolvidos no desencadeamento da patologia. Em pessoas predispostas à esclerose múltipla, o sistema imunológico promoveria lesões principalmente na mielina (substância que envolve as fibras nervosas à semelhança do encapamento de um fio elétrico) ao defender o organismo contra agentes externos ambientais como vírus ou bactérias.

A esclerose múltipla é a causa mais comum de incapacidade neurológica em adultos jovens. Pode afetar os movimentos, causar problemas visuais, dificuldades do controle da urina e até impotência. A doença é extremamente variável em termos de gravidade e progressão de um paciente para outro. Atinge dois milhões de pessoas em todo o mundo.
Curso

O curso Educação Científica Continuada em Esclerose Múltipla é totalmente gratuito e para participar basta o neurologista se cadastrar no site www.educacaoem.com.br ou na página da ABN (www.abneuro.org). O médico cadastrado receberá uma senha exclusiva, que permitirá assistir à aula. Em seguida, fará um teste para avaliar o conhecimento adquirido. Após a avaliação, o profissional poderá participar da próxima aula, que estará online a cada 30 dias. O participante que concluir todos os módulos receberá um certificado de conclusão validado pela ABN.

Ao todo serão dez aulas de aproximadamente 20 minutos, que foram elaboradas e apresentadas por renomados especialistas do país. Mais informações sobre o curso "Educação Científica Continuada em Esclerose Múltipla" podem ser obtidas no Serviço de Atendimento da Serono – fone 0800-11-3320, na ABN (academia@abneuro.org), ou ainda no site: www.abneuro.org.

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