Impotência sexual sem preconceito

Os relacionamentos pessoais constituem uma grande parte daquilo que conserva nossa saúde.

A disfunção erétil, uma doença mais comum do que se imagina, poderá impedir que homens e, consequentemente, suas parceiras, consigam obter a satisfação que desejam.

Até mesmo para buscar informações sobre esse assunto, cercado de preconceito, é preciso ter coragem. Abaixo algumas dúvidas mais frequentes esclarecidas pelo urologista Charles Rosenblatt.

Disfunção erétil e impotência sexual são a mesma coisa?

Charles Rosenblatt: A disfunção erétil é a incapacidade de manter uma ereção suficientemente rígida e que dure o tempo necessário para permitir que se realize uma relação sexual satisfatória. Impotência é um termo popular já não mais utilizado pelos médicos.

O problema atinge apenas homens mais velhos?

Charles Rosenblatt: A disfunção erétil persistente não é comum nos homens mais jovens, mas começa a ter importância crescente a partir dos 40 anos. Estima-se que até 30% dos homens entre 40 e 70 anos sofrem de alguma forma de disfunção erétil.

Todos os homens, alguma vez na vida, têm dificuldade para atingir as ereções, especialmente em situações de estresse e cansaço, sob a influência do álcool ou quando diagnosticado com alguma doença grave.

Como a disfunção erétil é diagnosticada?

Charles Rosenblatt: O diagnóstico é feito a partir da história clínica e do exame físico do paciente. Exames podem ser solicitados, especialmente aos pacientes mais novos ou com problemas específicos. A primeira ida ao médico é geralmente o passo mais difícil.

O médico precisa entender o problema, por isso, é importante que o paciente sinta-se à vontade e não esconda qualquer informação que possa afetar o tratamento.

O homem que sofre com ejaculação precoce tem mais chance de ter disfunção?

Charles Rosenblatt: Sim, quem sofre de ejaculação precoce (também conhecida como ejaculação prematura ou rápida) pode desenvolver disfunção erétil no futuro, pois a insatisfação com a não realização da relação sexual adequada pode levar à disfunção erétil psicogênica. Esta ocorre quando não se identifica qualquer problema orgânico que possa tê-la causado.

O homem que fuma e bebe frequentemente tem risco maior de desenvolver o problema?

Charles Rosenblatt: Sim, o uso de drogas (tanto lícitas quanto ilícitas) podem ser causadores da disfunção erétil. Dependendo do tempo de uso e da quantidade, qualquer tipo de droga pode fazer isso, pois elas agridem o sistema nervoso central e o sistema circulatório responsáveis pela ereção.

Também causam falta de libido e ejaculação rápida ou retardada. No caso do cigarro, o uso crônico diminui o calibre dos vasos sangüíneos (tamanho dos vasos que se contrai ou dilata) de todo o organismo, inclusive do pênis, o que pode levar à doença.

A disfunção erétil tem cura?

Charles Rosenblatt: Sim. Os medicamentos disponíveis revolucionaram a história do tratamento da doença. Também existem injeções intracavernosas e próteses penianas.

Muitos homens que sofrem de disfunção erétil são afetados psicologicamente, mesmo que a causa seja de origem física. Por isso, o aconselhamento psicoterápico pode ajudar a superar o problema.

Fonte: Boletim Homem em pauta

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