Hoje em dia, quem procura atendimento odontológico reconhece como natural a possibilidade de realizar implantes dentários.

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Também é cada vez mais corriqueiro encontrar parentes ou amigos que já passaram por pelo menos um desses procedimentos.

Quando não, muitos. De fato, cada vez mais pessoas se rendem aos pequenos parafusos de titânio, cuja função é a de suportar uma ou várias coroas dentárias. Muito além da colocação de uma raiz artificial que recupere o poder da mastigação, os implantes trazem de volta a autoestima perdida.

Os idosos, por exemplo, não querem mais saber das incômodas dentaduras. A preferência deles, agora, é pelos implantes e próteses dentárias fixas, muito mais estéticas e práticas.

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Só que muito mais do que conforto e beleza, a odontogeriatria tem procurando hoje soluções que assegurem o restabelecimento de funções, como mastigação, respiração, deglutição e fonação (produção fisiológica da voz), recuperando a qualidade de vida dos mais “experientes”.

Inválidos orais

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Motivos não faltam para que os cirurgiões-dentistas voltem à atenção para esse público: o Ministério da Saúde estima que, no Brasil, cerca de 75% das pessoas com mais de 65 anos têm graves problemas de dentição ou são completamente desdentadas.

Indicado pelas inúmeras vantagens que apresenta sobre as convencionais dentaduras, a colocação de implantes tem sido casa vez mais aceita pelos idosos também pelo custo mais acessível dos materiais utilizados graças a entrada no mercado de fabricantes nacionais e pelo maior interesse dos dentistas em especializar-se nas áreas da odontogeriatria e implantodontia.

“Consideramos o paciente nesta faixa etária como uma pessoa totalmente capaz de realizar as suas atividades diárias, mas que apenas estão em um estágio de vida no qual há a necessidade de se voltar os olhos com mais carinho para ela”, diz odontogeriatra Fernanda Lopes da Cunha, professora da Faculdade São Leopoldo Mandic.

O sucesso clínico da utilização dos implantes, primeiro sendo utilizados em pacientes portadores de próteses totais, que foram classificados como inválidos orais, resultaram na evolução das técnicas e, principalmente, no encaixe das próteses.

Hoje são também utilizados em próteses unitárias, próteses parciais e principalmente na recuperação da estética. Após a conclusão do tratamento, o mais importante são visitas periódicas ao dentista, para controle da placa bacteriana.

Nessas visitas são avaliados, dentre outros, desgastes das próteses produzidos pelo apertamento ou ranger dos dentes (bruxismo), causados por estresse emocional, tão presente na vida moderna.

“Como os implantes restabelecem a estética e, principalmente, a saúde dental, proporcionam conforto e segurança para falar, sorrir, mastigar e, consequentemente, contribuem para a maior socialização dessas pessoas”, reconhece Fernanda Cunha.

Qualidade óssea

Os pacientes idosos também contam com procedimentos mais humanizados, como a sedação consciente com inalação de óxido nitroso e oxigênio que evita a alteração brusca da pressão arterial ou a aceleração dos batimentos cardíacos durante o procedimento.

A laserterapia, recurso que utiliza o laser em alguns procedimentos cirúrgicos também ganha espaço. O laser de alta potência, por exemplo, é utilizado para a remoção de lesões de tecido mole e, o de baixa potência, no tratamento de lesões bucais, tornando os procedimentos menos invasivos e com respostas mais rápidas quando comparados aos tratamentos convencionais.

Além disso, o uso de implantes não tem contra indicação porque eles são de titânio, material biocompatível com o organismo. A única limitação para a implantação dos dentes é nos casos em que paciente apresenta grande perda óssea. No entanto, com o avanço da especialidade,, essas limitações vêm sendo superadas na grande maioria dos casos.

Eduardo Gurkewicz, especialista em implantodontia, explica que, para se conseguir implantes bucais com bons resultados estéticos e funcionais, a qualidade óssea é fundamental.

“É essencial que os ossos da arcada dentária consigam dar suporte ou sustentação para a colocação do implante”, explica. Nos casos em que não exista essa condição óssea, é preciso realizar um enxerto.

Nesses casos, esse procedimento faz parte da preparação da região bucal para receber o implante. O especialista salienta que é primordial criar condições para que os implantes tenham um bom alicerce ósseo, para a certeza de um resultado eficiente e duradouro.

Implante, 45 anos

A técnica da implantodontia foi desenvolvida na década de 1960 pelo médico e pesquisador sueco Per-Ingvar-Branemark que, em estudos sobre circulação sanguínea, descobriu, acidentalmente, que o titânio podia se integrar aos tecidos ósseos vivos.

Como a curiosidade aumentava, ele mudou dos estudos da micromecânica do fluxo sanguíneo para o estudo da implementação, que ele posteriormente chamou de “osseointegração”.

Após extensivas análises, demonstrou que, sob condições controladas, o titânio se integraria perfeitamente a ossos vivos. Em 1965, Branemark iniciou os testes clínicos, quando pela primeira vez um ser humano foi tratado pelo método por ele desenvolvido.

Sem rejeição

* Implantes nunca são rejeitados, pois são feitos de titânio puro
* Esse material é 100% compatível com o organismo humano
* A colocação de implantes não dói
* A única queixa que pode surgir após a colocação de implantes é de inflamação, facilmente controlada com antiinflamatórios
* De acordo com organizações internacionais, existem mais de 2 milhões de implantes dentários no mundo.
* Existem pacientes com implantes dentários há mais de 40 anos sem qualquer tipo de problema