O Ministério Público do Rio investiga a morte de pacientes por infecção hospitalar no Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, zona norte da capital fluminense. Em 2010, 363 (42,5%) dos 854 doentes internados por mais de 24 horas na emergência do hospital morreram desse tipo de infecção. No Centro de Tratamento Intensivo (CTI), morreram 30% dos 289 internados. O índice de admitido pelas entidades médicas é de 5%, chegando a 10% quando a unidade atende vítimas de doenças graves, como câncer.

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A suspeita é de que os aparelhos de respiração usados nesses setores do hospital tenham sido contaminados e causaram pneumonia. Funcionários do hospital informaram ao MP que os compressores usados nos respiradores chegaram a ser armazenados ao lado dos depósitos de rejeitos de pacientes em estado grave.

Outro problema apontado em laudo técnico formulado a pedido do MP é o uso de equipamentos inadequados. Um deles, o Inter-5, estaria ultrapassado e desregulado. O caso foi revelado ontem pelo jornal O Globo.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil afirmou que há cerca de um ano uma funcionária do Salgado Filho denunciou à direção do hospital supostas irregularidades em relação ao sistema de ar comprimido. “O documento deu origem a uma sindicância que constatou não haver nenhum indício de contaminação do mecanismo de geração de ar comprimido por secreções provenientes de pacientes”, diz a nota. Até a noite de ontem, o Ministério Público não havia feito uma acusação formal. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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AE