Uma picada da nossa conhecida aranha marrom deixou um homem entre a vida e morte. Orlando Jimenez tem 31 anos e mora no Peru. Ele sofreu a picada em um banheiro.
Segundo informações da família, o bicho no rosto de Orlando e o picou na orelha esquerda. Desde então oseu estado de saúde deteriorou rapidamente. Ele está sofrendo com falência do fígado e dos rins devido ao veneno do aracnídeo. As toxinas também causaram a destruição de parte da orelha, do olho e da pálpebra.
Família gasta R$ 800 por dia com o tratamento. |
Orlando está internado em estado grave no Hospital Honorio Delgado Espinoza, em Arequipa, sul do Peru. O tratamento está sendo bancado pela família, que dispende em torno R$ 800 para realizar diálises, transfusões de sangue e com outros tratamentos.
Família pede ajuda no Facebook. |
Como a conta do hospital está pesada, a família criou um perfil no Facebook chamado “Help Chamo” (ajudem Chamo, em português), e pede doações para manter o tratamento. Há um um vídeo do paciente respirando através de aparelhos enquanto está deitado no quarto de hospital.
Perigo real
Só na Grande Curitiba foram 2.020 acidentes com o bicho em 2014. |
No Paraná, somente em 2014, foram registrados 4.220 casos de acidentes com a aranha-marrom. A região com maior número de picadas foi a Metropolitana de Curitiba, com 2.020 notificações.
Quatro espécies de aranha-marrom são encontradas no Paraná (Loxosceles gaucho, L. intermedia, L. laeta e L. hirsuta), sendo que a L. intermedia está bem adaptada ao cenário intradomiciliar. No Estado, o aracnídeo é encontrado com maior frequência em Curitiba e RMC, nas regiões de Irati, Ponta Grossa, Guarapuava, União da Vitória, Pato Branco e Jacarezinho. É importante lembrar que este gênero de aranha ocorre em vários países do mundo.
O gênero Loxosceles possui hábitos noturnos, quando saem à caça de seus alimentos, e é nesse momento que podem se esconder em roupas, toalhas, roupas de cama e calçados. Por esse motivo, é preciso sempre prestar muita atenção antes de calçar os sapatos e vestir roupas.
Picada pode levar à morte
No ato da picada, na maioria das vezes não há dor. Mas depois de cerca de 12 horas ocorre um inchaço na região afetada e febre. Com o avanço, e sem tratamento, o veneno pode causar necrose do tecido atingido, falência renal e até mesmo a morte.
As alterações locais mais comuns são dor e ardência, vermelhidão, mancha roxa, inchaço, bolhas, coceira e endurecimento da pele. Outras alterações podem ocorrer dias após o acidente, como necrose, dor de cabeça, mal-estar geral, náusea r dores pelo corpo.
Caso ocorra algum acidente com o aracnídeo, a vítima deve procurar o quanto antes a Unidade de Saúde mais próxima. Se possível, levar a aranha causadora do acidente para tornar o diagnóstico mais rápido.
Com os dias contatos
A boa notícia é que este ano os pesquisadores do Paraná descobriram uma mistura de produtos naturais que é eficaz contra o aracnídeo. Quando exposta à fórmula, a morte da aranha é certa. O desafio agora é transformar isso em um produto que possa ser usado em casa e tenha efetividade.
O trabalho é coordenado pelo químico Francisco de Assis Marques, do Departamento, de Química da Universidade Federal do Paraná (UFPR).