Estudos realizados pela Universidade Duke (EUA) concluíram que limpeza em excesso na infância faz mal à saúde adulta por inibir ou interromper a produção e a ação de anticorpos do nosso organismo, alterando assim nossa imunidade natural.
Segundo os pesquisadores, crianças que lavam as mãos, a cada dois minutos, não entram em contato com a natureza por medo de alergias e se privam do contato com agentes externos, causadores de doenças, e por isso, teriam menos resistência à bactérias e vírus do que aquelas, cujas mães não fazem tanta questão de ver tudo sempre tão limpinho.
Os pesquisadores explicam que isto acontece por que nossa imunidade é construída na infância, a partir de estímulos externos e reações internas do organismo e que, quando esta relação de dependência é afetada de alguma maneira, não produzimos anticorpos suficientes para combater a doença e chegamos a vida adulta com mais chances de desenvolver quadros graves de alergias e baixa resistência.
O resultado é que como o organismo nunca entrou em contato com determinada doença, não sabe como reagir a ela. É como se o nosso cérebro e o nosso corpo não funcionassem diante daquele organismo estranho. Por isso, os médicos aconselham ponderação e bom senso na hora de educar as crianças.
Para eles, passeios no parque, andar descalço na areia e provar novos alimentos são atividades naturais e necessárias aos pequenos, e privá-los pode ser prejudicial no futuro.