Geraldo Bannwart é um exemplo para as pessoas que querem se prevenir contra o câncer de próstata. Aos 74 anos, Geraldo já participou de várias campanhas de prevenção em Curitiba e destaca a importância dos testes que podem impedir o desenvolvimento da doença. Logo que sentiu dores nos rins e dificuldade para ir ao banheiro, há alguns anos, ele se preocupou e tomou a providência certa: se informar sobre a questão. Até o momento ele não teve que sofrer cirurgia. Isso porque segue à risca as doses de medicamentos.
Para estimular a iniciativa de Geraldo, o Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR) promoveu ontem o Dia de Prevenção de Câncer de Próstata. A iniciativa foi destinada a homens entre 50 e 75 anos. Além da realização de exames de sangue e de toque, palestras ocorreram simultaneamente durante o período da tarde. “Quanto maior for a participação das pessoas, as chances de redução dos casos também são. Sempre participo e estimulo todos a comparecer na campanha”, destacou.
O câncer de próstata é a segunda causa de mortes por câncer em homens, sendo superado apenas pelo câncer de pulmão. E o aumento observado tanto nas taxas de incidência quanto nas de mortalidade pode ser parcialmente justificado pela evolução dos diagnósticos da doenças. Antigamente, como o número de testes era reduzido, não se sabia ao certo a quantidade de casos da doença. “Daí a importância das campanhas para que os casos consigam ser detectados no início da doença e atuando na prevenção”, explicou o chefe do serviço de Urologia do HC, Luiz Carlos Rocha.
A estimativa do HC era atender cerca de 300 pessoas. Cinco campanhas sobre o câncer de próstata foram desenvolvidas em conjunto com a Prefeitura. Dessa vez, a iniciativa do HC será estendida, com uma segunda etapa em setembro. Aproximadamente 160 mil casos de câncer de próstata são constatados por ano no Brasil. Desse total, 27 mil acabam em óbito, um número considerado alto pelos especialistas. “É extremamente importante que todos tenham a consciência da necessidade dos testes. Casos com diagnóstico antecipado conseguem ter cura de 60% a 80%”, ressaltou Rocha.