O Ministério da Saúde determinou que secretarias de Saúde de todo o País entrem em estado de alerta para detecção de casos de rubéola. Um comunicado emitido na sexta-feira pela Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) informa que oito Estados registram surto da doença, que pode levar ao aborto ou trazer graves seqüelas para o bebê, quando atinge gestantes. Somente em 2007, foram confirmados 1.266 casos de infecção, número mais de três vezes superior ao contabilizado durante todo o ano de 2005, que foram 351 casos.
Além do estado de alerta, a SVS recomendou a imunização de jovens com até 19 anos que não receberam as duas doses da vacina como é preconizado. Quem não tiver a segunda aplicação comprovada, deverá ser imunizado. O surto mais grave ocorre no Rio, onde 1051 infecções já foram confirmadas. Em seguida, vem Minas Gerais, com 61 pacientes. Nos oito Estados, a maior freqüência de infecções ocorre entre homens, entre 20 e 29 anos – a maioria não foi vacinada contra a doença.
O Brasil, assim como outros países do continente americano, assumiu em 2003 o compromisso de eliminar a rubéola congênita até 2010. A SVS já vinha planejando a realização de campanhas de vacinação contra rubéola para jovens de ambos os sexos, em 2008.