Glúteos: ?Preferência nacional? ganha mais destaque

Mesmo com o crescente aumento no número de cirurgias para o aumento das mamas, o bumbum é, ainda hoje, considerado o centro das atenções dos brasileiros. Quando a cirurgia plástica ainda não possuía recursos para modelar o bumbum, somente exercícios físicos e tratamentos estéticos davam aos glúteos um novo visual, fortalecendo e evidenciando essa região. Mas nem sempre os resultados eram satisfatórios. Por isso, pesquisadores desenvolveram próteses adaptáveis e técnicas de enxerto de gordura que colocaram fim ao problema. ?Se compararmos com as mamas, a cirurgia em nádegas exige maiores cuidados devido a estruturas neurovasculares presentes no local?, reconhece a especialista em cirurgia plástica Deusa Pires Rodrigues.

Existem diversas técnicas para colocação das próteses de silicone, como explica o cirurgião plástico Milton Jaime Bortoluzzi Daniel. ?Em alguns casos pode se optar pelo enxerto de gordura ou pela lipoescultura?, explica o médico. O enxerto exige retirada de gordura do próprio paciente, que depois será reintroduzida nas nádegas. ?Apesar de apresentar resultados satisfatórios, o procedimento pode se tornar imprevisível, já que o organismo pode não absorver a totalidade dessa gordura?, adverte o especialista.  

Aparência natural

Milton Daniel considera a colocação de uma prótese de silicone específica para essa região como o procedimento mais adequado. A prótese é utilizada para dar volume àquelas pacientes que têm, no linguajar popular, o ?bumbum triste?. As técnicas aplicadas para o implante de prótese glútea, ao longo dos anos, evoluíram consideravelmente. Num primeiro momento, o silicone era colocado embaixo do músculo. De acordo com o especialista, com o tempo, foi constatado que se a prótese fosse implantada no meio da musculatura as chances de que ela mudasse de formato ou descesse seriam menores.

Como em qualquer ato cirúrgico, a gluteoplastia, como é conhecida a técnica, requer cuidados pré-operatórios, que consistem basicamente na realização de exames de sangue e, se necessário, eletrocardiograma e teste de esforço. A cirurgia é realizada sob anestesia peridural ou geral, com uma pequena incisão no sulco existente entre as nádegas, criando um espaço entre o músculo glúteo máximo e o glúteo médio, local onde é introduzida a prótese de silicone. A cicatriz, de aproximadamente seis centímetros, é praticamente imperceptível. "Desde que seja feita a opção correta de volume do implante, a aparência fica muito natural, difícil de ser identificada", avalia Deusa Rodrigues.

A recuperação da paciente leva em torno de 15 dias, mantendo-se o repouso adequado. Provavelmente será um pouco dolorido sentar-se nos primeiros dias pós-operatórios. A dor no local pode ser minimizada por analgésicos. ?Após esse período, a paciente pode se sentar na beira da cadeira, ou seja, ainda sem relaxar totalmente, até completar 30 dias da cirurgia. Depois está recomposta para atividades normais?, completa Milton Daniel.

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