Presente no cotidiano das grandes metrópoles, o stress traz consigo males à qualidade de vida de vários profissionais. Uma pesquisa do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, realizada com 400 presidentes de empresas nacionais, obteve um resultado preocupante e alertou que a maioria dos executivos corre o risco de desenvolver doenças graves por causa do stress nos próximos anos.
?Para o gerenciamento dessa síndrome que surge em empresários, executivos e profissionais de altos cargos, é importante que o indivíduo conheça a si mesmo para lidar da melhor forma com o mal?, explica Ana Carolina Kley, psicóloga da Clínica Flor de Lótus, em São Paulo.
O stress é um fenômeno resultante de um alto nível de estimulação e exigência e pode ser causado por fontes externas ou internas. Se em algumas situações o stress apresenta seu lado positivo e gera motivação, em outras, o que prevalece é o lado negativo, que desgasta o indivíduo e causa a desarmonia e desequilíbrio do organismo.
?A faceta negativa do stress diminui a qualidade de vida, refletindo no desempenho pessoal e, principalmente, profissional, ocasionando queda na produtividade?, acrescenta Ana Carolina. ?A carga tolerável de stress no ambiente profissional e pessoal é até mesmo desejável. Até certo limite, ele funciona como um gatilho natural que provoca uma descarga de adrenalina no organismo, deixando-o pronto para reagir diante de um perigo ou desafio iminente, estimulando sua criatividade. Quando esse processo funciona em excesso, começa a ter um efeito negativo e gera o stress crônico, caracterizado pela presença do hormônio cortisol em níveis elevados, o que é bastante prejudicial ao organismo?.
O tratamento Gerenciamento do Stress, realizado na Flor de Lótus, é diferenciado por unir a Naturopatia à Psicologia. Enquanto a primeira atua por meio da massoterapia, auriculopuntura e fitoterapia e trata do indivíduo aliviando a curto prazo os desconfortos como cansaço crônico, dor no corpo, enxaqueca, falta de disposição, entre outros muito comuns em pessoas estressadas; a segunda age de forma preventiva a médio e longo prazo, e ensina a pessoa a se relacionar com as pressões do dia-a-dia e com seus próprios limites.
?O primeiro passo para controlar essa síndrome é admitir sua existência e perceber os seus sinais. O estigma de ?frescura? prejudica muito a procura pelo tratamento e, além disso, a crença de que se pode lidar sozinho com tudo aumenta ainda mais o nível de pressão que se enfrenta. Os obstáculos para o tratamento, muitas vezes, partem daqueles que mais precisam dele?, explica a psicóloga Ana Carolina.
O diagnóstico é feito a partir de uma avaliação detalhada na primeira consulta, na qual são verificados os desconfortos emocionais e comportamentais, além do levantamento de dados sobre a saúde do paciente. As habilidades individuais são postas em prática e são elas que auxiliam a pessoa a perceber como ela reage a determinados estímulos e pressões e quais são as técnicas a serem utilizados para se ter uma vida melhor.
?A consciência das fontes de pressão, das suas reações emocionais e comportamentais a cada uma delas e das habilidades que o indivíduo já tem, são informações muito úteis para lidar de uma maneira positiva com a síndrome?, afirma a naturopata Angelica Mazuti.