Muito tem se falado de lesões nos joelhos em jogadores de futebol. O caso mais recente é do jogador Ronaldo que, com histórico de lesões nos joelhos e algumas cirurgias, retornou a campo e impressionou especialista e torcedores.
A mudança do estilo de jogar futebol, a velocidade, o vigor, e o aumento de massa muscular para deixar os atletas mais fortes, tem gerado traumas e lesões de diferentes escalas.
A necessidade de maior força física implica em mais treinamento e, conseqüentemente, maior esforço para as articulações e, como efeito, mais propensas às lesões. Esses traumas podem ser apenas de ligamentos, ou até mesmo fraturas e deslocamentos dramáticos da articulação. Pesquisas apontam que, nos Estados Unidos, ocorrem, em média, 100 mil lesões do ligamento cruzado anterior do joelho, por ano.
Diante desse cenário a cirurgia de joelho teve de evoluir e buscar procedimentos que permitam devolver o melhor possível à anatomia e biomecânica dos jogadores.
Conforme o ortopedista René Abdala, referência em medicina esportiva, o futebol de hoje tem muito mais vigor do que no passado. Durante uma partida de futebol é maior o número de movimentos em que o joelho participa ativamente, o que contribui para uma maior fragilização articular.
“Os clubes na atualidade se preocupam em deixar o jogador mais forte, o que suscita mais lesões ano a ano”, explica. É importante enfatizar que a maioria das estruturas anatômicas do joelho não pode ser tratada como simples “suturas”.
Hoje, as novas técnicas de diagnósticos, como ressonância magnética outros exames orientados por computador, são determinantes para entender e tratar tais pacientes.
“Conseguimos diagnosticar lesões que não eram reconhecidas aprendendo a tratá-las aumentando a chance de recuperação do atleta, por meio de procedimentos cirúrgicos e fisioterapia avançada”, conclui Abdalla.