Uma pesquisa de um grupo de alunos de Medicina do Paraná mostra que, mesmo depois da remoção do ovário, a função do órgão ainda pode ser restaurada. Os pesquisadores removeram ovários de ratas e realizaram implantes em diversos locais, com posterior análise do aspecto celular do tecido. Os resultados encontrados demonstram o desenvolvimento de tecido ovariano normal nos locais onde foram feitos os implantes. O trabalho foi orientado pelo professor Ricardo Beck e premiado com o primeiro lugar no XVII Conciam e com o terceiro lugar no Congresso de Residentes do Huec. A pesquisa levou o nome de “Avaliação Histopatológica de Auto-Implantes Ovarianos em Ratas” e foi realizada em uma parceria da Faculdade Evangélica do Paraná com o Hospital Universitário Evangélico de Curitiba. Segundo Beck, o tecido ovariano implantado debaixo da pele poderia ser de fácil acesso para a retirada de óvulos para a fertilização in vitro quando a mulher ainda quiser filhos. Assim, a própria paciente receberia a carga hormonal necessária para a retirada dos óvulos.Também nos casos de menopausa, em vez de se fazer a reposição hormonal, implantaria-se o tecido ovariano na paciente. “Dessa forma, haveria uma reposição, de forma natural, dos hormônios necessários para a paciente”, explica o professor.
