continua após a publicidade

A falta da família ou da escola e de um sistema de saúde eficaz contribui, e muito, para o aumento do consumo de drogas nas ruas das capitais brasileiras. O V Levantamento sobre o Uso de Álcool e Drogas entre Crianças e Adolescentes em Situação de Rua, apresentado na última quarta-feira, em Brasília, é contundente. A pesquisa desenvolvida pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas da Universidade Federal de São Paulo, e financiada pela Secretaria Nacional Antidrogas com a Organização dos Estados Americanos, revela novos números de um velho problema.

Dos 2.807 jovens entre 10 a 18 anos entrevistados, todos estão sendo atendidos por algum tipo de programa de auxílio e, portanto, consomem drogas em menor ou maior grau. Grande parte (68,7%) ainda mora com suas famílias ou vai à escola (55,8%), apesar de viverem na rua. Dentro desse universo de jovens com algum tipo de laço familiar, o consumo freqüente de drogas é bem mais baixo (19%) que no grupo que já abandonou a casa e os estudos (72,5%).

A maioria dos entrevistados admite que o álcool e o cigarro já faziam parte da vida deles antes mesmo de irem para as ruas. Em alguns casos, o consumo de drogas foi o motivo que levaram essas pessoas a abandonarem a família. Muitos atribuem à violência dos pais e de parentes, o motivo de começaram a se drogar.

continua após a publicidade