Salgadinhos, bebidas alcoólicas, pilhas, brinquedos e até picanha são alguns dos produtos encontrados em farmácias e drogarias, prática que se opõe ao verdadeiro papel destes estabelecimentos. De acordo com o Conselho Nacional de Farmácia, estar à disposição da população para qualquer tipo de acompanhamento, prestação de serviços de saúde, dispensação de medicamentos e avaliação da prescrição são, entre tantos outros, deveres do farmacêutico.
A venda de produtos com objetivo unicamente comercial, além de ser uma infração sanitária, fere os princípios éticos da profissão e não corrobora com a imagem da farmácia como um estabelecimento de promoção e recuperação da saúde, além de fazer com que as pessoas, ao se deparar com um medicamento ao lado de uma bebida alcoólica, tenham a falsa idéia de que não há perigo na ingestão simultânea dessas substâncias. Sem contar que o armazenamento dos medicamentos próximo a itens como produtos de limpeza, solventes e agrotóxicos pode ocasionar a contaminação ou adulteração dos fármacos.
Confira a lista de produtos não relacionados à saúde e que não deveriam ser vendidos nas farmácias, de acordo com uma campanha instituída pelo CNF.
Alimentos comuns ? açúcar, água de coco, alimentos in natura, enlatados.
Bebidas ? alcoólicas, energéticas, chás, refrigerantes.
Guloseimas – doces em geral, chocolates, salgadinhos e biscoitos.
Artigos de uso pessoal ? vestuário, bijuterias, óculos de sol, relógios.
Artigos em geral ? armarinhos, papelaria, praia, brinquedos, inseticidas, jornais, produtos automotivos, material elétrico, presentes, produtos esotéricos e religiosos.
Eletroeletrônicos ? equipamentos de cine, foto, som e vídeo.
Produtos químicos ? colas, produtos automotivos, produtos de limpeza doméstica, produtos para pintura.
Produtos veterinários ? ração e artigos de pet shop.
Prestação de serviços ? apostas, serviços de fotocópias, recebimento de contas, revelação de filmes, tatuagens e piercing.
