Farinha acaba com anemia

Dados da Organização Panamericana de Saúde indicam que no Brasil 35% das crianças de 1 a 4 anos são anêmicas. Para tentar diminuir essa incidência, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), determinou que as indústrias de farinha de trigo e milho terão que acrescentar ácido fólico e ferro em seus produtos. A resolução é do dia 13 do mês passado, e os fabricantes terão prazo de dezoito meses para se adequar à medida.

A resolução da Anvisa prevê que a cada 100 gramas de farinha, a adição de ácido fólico deve ser de 150 miligramas, que representa 70% da Ingestão Diária Recomendada (IDR); e 14,2 miligramas de ferro, equivalentes a 30% da IDR. Para a doutora em Ciências da Saúde Pública e professora do Instituto de Nutrição da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Andréa Ramalho, a iniciativa representa um avanço nas questões de saúde e de nutrição no Brasil, já que em países desenvolvidos essa fortificação já é praticada há mais de trinta anos. “Esse é o primeiro passo que o País dá, que associada a outras iniciativas, deverá ser uma alternativa para a solução do problema da desnutrição e da má-alimentação principalmente em crianças”, disse a nutricionista.

A resolução da Anvisa vem ao encontro de projeto desenvolvido pela Associação Brasileira da Indústria da Panificação que prevê, além da adição do ácido fólico e ferro na farinha, outras vitaminas do Complexo B. A iniciativa já está valendo nos estados do Rio Grande do Norte, Maranhão e Rio Grande do Sul. O presidente do Sindicato da Panificação do Paraná, Joaquim Cancella Gonçalves, disse que aqui no Estado o projeto deverá ser apresentado ao governo. Segundo o sindicalista, o projeto contribui com o programa de erradicação da fome do governo federal.

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