Por: Sílvia Luciana Kotaka especialista no tratamento da obesidade e no desequilíbrio alimentar.
A ansiedade é hoje um dos principais problemas gerados pela vida agitada e estressante nas grandes cidades. Entretanto, mesmo que esse seja um sintoma comum entre as pessoas, muitas vezes pode se agravar, acarretando situações mais graves que podem levar, por exemplo, a desequilíbrios alimentares.
Tentando encontrar uma saída para o sentimento de ansiedade, muitas pessoas acabam cometendo excessos alimentares como busca inconsciente para amenizar sensações desagradáveis – como stress, solidão, cansaço, tristeza, raiva – gerando um quadro de sobrepeso e até obesidade. Além das doenças relacionadas ao sobrepeso, como pressão alta, diabetes, doenças do coração e infarto, os efeitos emocionais também são preocupantes.
Mas mudar a forma de se alimentar não é tarefa fácil, pois todo o comportamento alimentar envolve questões físicas e emocionais – difíceis de modificar e o principal responsável pelo fracasso das dietas.
Hoje, existem métodos que auxiliam a lidar com o comportamento emocional e alimentar, como o programa de Reeducação Afeto-Cognitivo do Comportamento Alimentar (RAFCAL). Nele, o paciente recebe tratamento personalizado e aprende a criar uma relação saudável com a comida a partir do controle das emoções.
O foco principal desse programa é o lado emocional, onde o paciente se torna autor de seu próprio emagrecimento, aprendendo a se responsabilizar pelo processo e deixar de pensar que é a gordura que se apropria dele, sem que ele possa fazer nada. Com isso, a idéia é que a pessoa crie um comportamento magro, em que ela não se utilize da comida para compensar sentimentos.
A psicologia e o método RAFCAL podem ser aliados no processo de reeducação alimentar e contribuem de forma significativa para que as pessoas emagreçam, mantenham-se magras, livrando-se do indesejável efeito sanfona.