Como anda o seu coração? Se você desconhece, é bom saber que avaliações cardiológicas preventivas devem se tornar um hábito desde cedo. A cada um ou dois anos, uma visita ao cardiologista pode evitar o surgimento das temíveis doenças cardiovasculares. Nada substitui a avaliação do cardiologista e nenhum método, por si só, dispensa a realização de outros. Segundo Alexandre Alessi, cardiologista do Hospital Nossa Senhora das Graças, a investigação das doenças cardíacas conta com exames básicos e outros mais sofisticados, que permitem prevenir doenças, confirmar diagnósticos e acompanhar a evolução dos tratamentos cardiovasculares. ?Cada um deles tem uma indicação específica, dependendo da queixa do paciente ou de achados de outros exames?, afirma o especialista. Além dos exames laboratoriais que analisam amostras de sangue, identificam colesterol elevado e diabetes – fatores de risco para algumas doenças do coração -, existem outros importantes testes que ajudam na investigação de doenças cardíacas. Veja abaixo quais são e para que servem.
Eletrocardiograma – É o mais antigo, fácil de fazer e funciona como um ?retrato? do coração. Esse exame tem limitações porque não revela todas as anormalidades e nem a predisposição para doenças. Em geral, é complementado com o ecocardiograma, que avalia a anatomia e o funcionamento do coração, e com o teste de esforço.
Teste de esforço – É indicado, principalmente, quando há suspeita de problemas nas artérias coronárias e mostra o comportamento do coração quando muito exigido. Pessoas que pretendem praticar ou praticam atividade física devem se submeter ao teste porque existem doenças congênitas que, em situações normais, ou em repouso, não apresentam riscos, mas, durante uma corrida, por exemplo, podem até se tornar fatais.
Cintilografia – Em geral se recorre a esse exame quando o teste de esforço está alterado. Esse exame é sensível e de alta acurácia, podendo confirmar a falta de circulação sangüínea em alguma parte do coração com imagens claras e alto índice de acerto.
Ultra-som – Se o paciente tem fatores de risco, como obesidade, hipertensão e histórico de doenças cardíacas na família, o ultra-som das artérias, como a aorta e as carótidas, pode detectar uma aterosclerose.
Ressonância magnética ? É um exame eficaz, que mostra detalhadamente a aorta, identificando se há gordura depositada e de que tipo. Essas informações são essenciais para definir riscos e auxiliar na orientação do tratamento de pacientes com colesterol elevado. Também mostra em detalhes o funcionamento do coração e, em pacientes enfartados, o tamanho da área lesionada, sendo igualmente útil para planejar cirurgias.
Cateterismo ? É um exame invasivo. Nele, uma sonda é levada ao coração para avaliar a obstrução e, ao mesmo momento, quando indicado, por meio de uma técnica conhecida por angioplastia, desobstruir a artéria. É fundamental no planejamento de cirurgias cardíacas.
Tomografia das artérias coronárias – Apresenta boas condições de complementar e se tornar uma opção ao cateterismo para avaliação das coronárias, pois mostra a calcificação, o depósito de gordura e o grau de obstrução das artérias.