Exames cardíacos e seus objetivos

Nada substitui a avaliação do cardiologista e nenhum método, por si só, dispensa a realização de outros. No entanto, de acordo com o cardiologista José Carlos Pachón, do HCor, de São Paulo, se toda a investigação e o controle dependessem apenas da expansão e dos avanços da tecnologia aplicada aos exames e às técnicas médicas, com certeza, nada mais conseguiria abalar o nosso amigo do peito. “Felizmente, os avanços que permitiram chegar à descoberta dos ataques mais silenciosos também modernizaram as técnicas de diagnóstico”, avalia.

Além dos exames laboratoriais que analisam amostras de sangue, identificam os índices de colesterol e glicemia, fatores de risco para algumas doenças do coração, existem outras importantes avaliações que ajudam na investigação de doenças cardíacas. (Veja ao lado para que algumas deles servem).

Para o coração bater forte

Eletrocardiograma – É o mais antigo, barato, fácil de fazer e funciona como um “retrato” do coração. Sua limitação é não revelar todas as anormalidades e nem a predisposição para doenças.

Teste de esforço – É indicado, principalmente, quando há suspeita de problemas nas artérias coronarianas e mostra o comportamento do coração quando muito exigido. Pessoas que pretendem praticar atividade física com mais intensidade devem se submeter ao teste.

Medicina nuclear – Em geral se recorre a esses exames quando o teste de esforço apresenta algum tipo de alteração. São mais sensíveis e podem confirmar a falta de circulação sangüínea em alguma parte do músculo cardíaco com imagens bastante nítidas e com alto índice de acerto.

Ultra-som – Se o paciente já possui alguns fatores de risco, como obesidade, hipertensão e histórico de doenças cardíacas na família, o ultra-som arterial pode detectar ateroscleroses silenciosas.

Tomografia computadorizada – Outra opção à disposição dos cardiologistas para identificar alterações, confirmando problemas e indicando o risco de desenvolvimento de obstruções nos vasos.

Ressonância magnética – Este exame mostra detalhadamente a aorta, identificando se há gordura depositada e de que tipo. Essas informações são essenciais para definir riscos e auxiliar na orientação do tratamento dos pacientes.

Cateterismo – É um exame invasivo. Nele, uma sonda é levada ao coração para avaliar a obstrução e, ao mesmo tempo, quando indicado, por meio de uma técnica conhecida por angioplastia, desobstruir a artéria. É fundamental no planejamento de cirurgias cardíacas.

Tomografia das artérias coronárias – Em alguns casos, apresenta boas condições de substituir o cateterismo para avaliação das coronárias, pois mostra calcificações, depósitos de gorduras e, até, o grau da obstrução.