Um simples exame de sangue pode ser capaz de prever com precisão com que idade as mulheres vão atingir a menopausa.
A técnica foi desenvolvida por um grupo de cientistas iranianos da Universidade de Teerã, que avaliaram amostras de sangue de 266 mulheres com idades entre 20 e 49 anos durante 12 anos. A cada três anos, eles mediram as concentrações do hormônio AMH.
Este hormônio controla o desenvolvimento dos folículos nos ovários (a partir dos quais os óvulos se desenvolvem), por isso, os pesquisadores acreditam que ele poderia ser útil para avaliar a função ovariana.
Os pesquisadores também colheram informações sobre o perfil socioeconômico das mulheres estudadas e sua história reprodutiva.
Segundo a pesquisa, a diferença média entre a idade prevista e idade real das mulheres na menopausa foi de quatro meses e a margem máxima de erro foi de três a quatro anos. Para os pesquisadores, os resultados mostraram “um bom nível de concordância” entre a idade prevista estatisticamente e a idade real da menopausa de 163 mulheres que atingiram a menopausa durante o estudo, o que significa que o teste pode ser um grande aliado no combate aos males que a menopausa pode trazer.
Para a ginecologista Carolina Ambrogini, a importância de um tratamento preventivo e multidisciplinar para combater os incômodos que rondam a fase da menopausa é indiscutível.
A especialista explica que os cuidados com a alimentação e exercícios físicos são fundamentais e que investir em pratos à base de soja, rica em isoflavonas, ajuda a amenizar os calorões repentinos, a falta de libido e as mudanças de humor, típicos do fim da fertilidade feminina.
Segundo Carolina, a deficiência de magnésio também é notada durante a menopausa. O mineral está associado à sensação de bem-estar.
A ingestão para mulheres com mais de 30 anos precisa ser de 320 miligramas por dia. Boas opções para encontrá-lo são as verduras e legumes verdes, cereais integrais e oleaginosas.