Estudo mostra que aspirina reduz risco de câncer colorretal

O estudo publicado no Jornal da Associação Médica Americana (JAMA) aponta que o uso regular e prolongado de Aspirina reduz o risco de câncer colorretal em até 53% nas mulheres. O Nurses Health Study, o mais longo estudo sobre a saúde feminina já realizado no mundo, foi liderado por pesquisadores do Hospital Geral de Massachusetts, do Hospital Brigham and Women’s, em Boston, e do Instituto do Câncer Dana-Farber. Apesar de não existirem números comprovados, os especialistas acreditam que os
resultados da pesquisa também são válidos para homens.

Iniciado em 1976 e sem prazo de encerramento, o estudo vem acompanhando a saúde de mais de 120 mil enfermeiras norte-americanas. Portanto, a cada dois anos, os especialistas avaliam os fatores de risco para desenvolvimento de câncer e doenças cardiovasculares, como a alimentação, o uso de Aspirina e a utilização de outros antiinflamatórios não-esteróides nessas mulheres.

Segundo a pesquisa, o uso de Aspirina está associado a um menor risco de desenvolvimento desse tipo de câncer. O último boletim publicado em setembro de 2005 contabilizou 83 mil participantes, das quais 962 tiveram câncer colorretal. As mulheres que tomaram o medicamento uma vez ao dia por 10 ou mais anos tiveram o risco de tumores no cólon reduzido em 22%. Já as pacientes que tomaram, durante o mesmo período, dois ou mais comprimidos de Aspirina por dia, diminuíram em 53% a incidência de tumores na mesma região.

Os especialistas acreditam que a capacidade protetora de Aspirina em relação ao câncer colorretal esteja associada à inibição da atividade da COX-2, enzima celular fundamental nos processos inflamatórios do corpo humano, que estimularia o desenvolvimento dos tumores. Nos últimos anos, diversos estudos sugeriram também que a Aspirina
auxilia na prevenção de outros tipos de câncer, como pulmonar, ovariano e pancreático. Apesar disso, estudos adicionais são necessários para avaliar o risco-benefício do uso de Aspirina como medicamento preventivo para o câncer.

O tumor colorretal, mesmo sendo potencialmente curável, é a terceira doença maligna mais comum no mundo. Evidências sugerem que a maioria dos tumores no cólon se desenvolvem a partir de pólipos benignos ou cancerosos, formando um conjunto de células que crescem na parede do intestino grosso de maneira anormal.

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