Um painel de 22 especialistas de cinco continentes concluiu que, além de proteger contra infecções, desenvolver o sistema imunológico e fortalecer o vínculo entre mãe e filho, a amamentação tem um importante e pouco conhecido benefício: prevenir o câncer.

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Durante cinco anos, eles revisaram 7 mil estudos e escreveram uma lista com recomendações que reduzem o risco de desenvolver a doença, que é a segunda causa de mortalidade no Brasil. "A amamentação reduz o risco de obesidade, que é fator de risco principal para os tumores do trato digestivo e secundário para a maioria dos tipos de câncer", disse o diretor-geral do Fundo Mundial de Pesquisa do Câncer (WCRF), Geoffrey Cannon, que lançou nesta terça-feira (27), no Congresso Internacional de Controle de Câncer, a tradução brasileira do relatório.

"É necessário enfatizar que não existe nenhum outro estudo global com bases científicas tão fortes", afirmou. Embora houvesse evidências de que a amamentação torna menor a possibilidade de a mãe desenvolver tumor no seios, é a primeira vez que é relacionada à prevenção da moléstia na vida adulta do bebê, disse.

Segundo Cannon, o objetivo do estudo era chegar às recomendações que servem de metas para a saúde pública e orientação pessoal visando a adoção de hábitos mais saudáveis. O câncer é uma enfermidade de genes vulneráveis à mutação, especialmente durante o longo período da vida humana.

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