Estrogênio no tratamento do câncer de próstata

Uma pesquisa realizada pela Universidade de Sidney, na Austrália, e publicada na revista especializadaProceedings of the National Academy of Sciences, concluiu que o hormônio feminino estrogênio pode ser um grande aliado no combate ao câncer de próstata. Segundo os pesquisadores, os tumores do órgão masculino carregam dois receptores de estrogênio.

Um deles, o beta, faz com que as células cancerígenas cometam “suicídio”, assim que é ativado. Com base neste indicador, os cientistas trabalham na produção de um medicamento que atinja seletivamente os receptores de estrogênio beta.

Para eles, a droga não só inibiria o crescimento do câncer, mas também mataria as células cancerígenas que são resistentes ao tratamento convencional. Porém, embora a terapia para bloquear as ações dos andrógenos possa controlar o câncer por muitos anos, os tumores eventualmente param de responder e retomam o crescimento. Por isso, novos estudos devem ser feitos para que os cientistas descubram uma forma de evitar a resistência natural ao tratamento após alguns anos de uso. 

Câncer de próstata
O câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens brasileiros (atrás apenas do de pele não-melanoma) e a estimativa é de existam 52.350 novos casos em 2010, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca).

De acordo com o Inca, cerca de três quartos dos casos de câncer de próstata no mundo ocorrem a partir dos 65 anos. Porém, a maioria dos homens não sabe que tem a doença por receio de fazer os exames preventivos. Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, o diagnóstico precoce é fundamental.

Caso a doença não seja detectada a tempo, pode causar infertilidade, impotência sexual, infecção generalizada, problemas urinários e até a morte.

Os homens devem fazer exames periódicos (toque retal e dosagem do antígeno prostático específico) depois dos 45 anos e, se houver casos na família, a partir dos 40 anos.