O último desses estudos, feito na Universidade de Stanford teve duração de dois anos e mostrou que a estimulação cerebral profunda, por meio de impulsos elétricos realizados por eletrodos colocados no cérebro, reduz a frequência de crises de epilepsia e pode ser alternativa para quem não responde a terapias normais.
O estudo, publicado na revista Epilepsia, avaliou a segurança e a eficácia da estimulação elétrica em 110 adultos que tinham crises epilépticas constantes e não respondiam ao tratamento com remédios.
Na primeira fase, que durou três meses, os pesquisadores implantaram eletrodos em todos os participantes, mas apenas metade recebeu estimulação eletrônica. Os resultados mostraram que aqueles que receberam a estimulação cerebral profunda tiveram uma redução de 40% nas crises epiléticas.
O outro grupo foi tratado com remédios básicos e apresentou redução de apenas 15% nas crises. Passados os três meses, o grupo de pessoas que tinha se submetido ao tratamento simples com remédio, passou também a receber estímulos por eletrodos.
A avaliação foi refeita após dois anos e mostrou que 54% dos participantes, dos dois grupos, tiveram uma redução na frequência de seus ataques epilépticos. Além disso, as crises não se manifestaram mais em 13% dos pacientes, o que comprovou eficiência no tratamento.
A epilepsia é uma desordem neurológica que provoca crises recorrentes e pode causar perda temporária da consciência, convulsões e manifestações sensitivas e sensoriais.
O tratamento padrão é feito a base de remédios anti-epilépticos, porém, não funcionam de forma eficaz em até um terço das pessoas que sofrem desse problema.
A estimulação elétrica profunda promete ser uma terapia promissora para a epilepsia. Entretanto, cientistas afirmam ser necessário ainda outros tipos de estudo para determinar ao certo em quais casos, a estimulação será recomendada.