Cerca de 1% da população mundial sofre de esquizofrenia. No Brasil, esse número está em 1,7 milhão de pessoas no Brasil, sendo que 34 mil novos casos são diagnosticados a cada ano. O psiquiatra Mário Louzã, um dos principais pesquisadores da doença no Brasil, alerta sobre um inimigo tão perigoso quanto a própria doença – o preconceito. ?É uma doença como outra qualquer e tem tratamento?, ressalta o especialista.
A esquizofrenia é uma doença grave e crônica, que normalmente se manifesta pela primeira vez entre os 20 e 29 anos e se caracteriza pela desorganização de diversos processos mentais, desencadeando um quadro típico de sintomas mais intensos durante os chamados surtos esquizofrênicos.
Entre os principais sintomas estão: alucinações, principalmente auditivas; delírios – idéias falsas em que a pessoa acredita totalmente; afetividade alterada; falta de motivação; dificuldade de concentração; autismo e outros sintomas motores.
As causas continuam pouco conhecidas. Os medicamentos modernos tratam com mais eficiência os sintomas da doença e provocam menos efeitos colaterais, agindo basicamente sobre neurotransmissores, como a dopamina e a serotonina.
Tratamentos modernos utilizam medicamentos de ação prolongada, como a risperidona, administrados por injeção de dose única, com sofisticada tecnologia que permite a liberação do princípio ativo de maneira gradual e segura, propiciando adesão ao tratamento, eficácia e melhoria significativa na qualidade de vida do paciente.