Erasto Gaertner se especializa em transplante de medula

Centro de referência no tratamento do câncer, o Hospital Erasto Gaertner inaugurou, nesta segunda-feira (18), sua Unidade de Terapias Oncológicas Especializadas, dobrando a capacidade de atendimento para pacientes que precisam de transplante de medula óssea (TMO). No Brasil, a demanda é de 500 transplantes por ano, enquanto a disponibilidade de vagas é de apenas 250 leitos.

Com a nova unidade, que agora dispõe de seis leitos, a instituição também se prepara para oferecer à população o transplante de medula pelo método alogênico (com doador aparentado), dependendo apenas do credenciamento do Ministério da Saúde. ?Estamos nos estruturando há pelo menos três anos para oferecer o transplante alogênico e agregar mais esse benefício para todos que precisam?, afirma o chefe do serviço, Johnny Camargo, que comandou, no ano passado, dois procedimentos bem-sucedidos de transplante por essa técnica no hospital. 28 transplantes pelo método autólogo (procedimento em que o paciente é o próprio doador) também foram realizados.

A partir do credenciamento, a perspectiva é realizar 40 transplantes por ano, sendo pelo menos dez transplantes alogênicos. Hoje, poucas instituições no País possuem, num único local, serviços de radioterapia, quimioterapia, cirurgia e terapia em doses altas para transplantes. ?É sinal de que o Erasto Gaertner se qualifica ainda mais como referência no tratamento do câncer por estar adicionando mais essa modalidade terapêutica?, avalia Camargo.

Pelo método alogênico aparentado, a chance de encontrar compatibilidade entre dois irmãos fica ao redor de 30%. ?Caso não encontre doador entre os irmãos, faz-se um procedimento chamado busca estendida na família, aumentando a probabilidade em mais 5%?, explica o médico.

O paciente que passou pelo transplante de medula exige uma área isolada e equipe especializada para o seu acompanhamento, já que ele entra num processo de imunossupressão intensa (queda de imunidade e das defesas do organismo). Assim, qualquer infecção, nessa situação, se torna uma ameaça. Após o transplante, o paciente fica em isolamento total de 23 a 30 dias para restabelecer as defesas do organismo.

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