“Os dados mostram que na Argentina, Colômbia, México, Paraguai e Uruguai mais de 15% da população se consideram obesos”, disse o diretor-adjunto da OPS, Joxel García, que recordou que, nos Estados Unidos, essa cifra se situa entre 20% e 25%.
“A obesidade se tornou um dos maiores problemas de saúde pública, não apenas nos Estados Unidos, mas também no resto do mundo”, acrescentou García.
Nos Estados Unidos, “20% dos homens adultos e 25% das mulheres adultas são considerados obesos, e esses números são realmente surpreendentes”, afirmou o diretor da OPS.
A epidemia, assinalou o especialista, está tendo entre suas principais vítimas a comunidade hispânica dos Estados Unidos. “Como ex-comissário de saúde do estado de Connecticut, posso dizer que a comunidade latina é uma das mais afetadas por essa epidemia”, disse García.
Ele informou que “há um fator genético na comunidade latina” e destacou estimativas que indicam que “de 10% a 30% de todos os casos de obesidade registrados neste país estão relacionados a fatores genéticos”.
“Mas também é forte o peso da cultura latina, já que nossos povos estão acostumados a comer muitas frituras, condimentos e comidas com alto conteúdo de gordura e são pouco saudáveis”, alertou.
García sublinhou, por outro lado, que a epidemia não se refere só à questão estética. “O principal problema da obesidade é a quantidade de doenças para as quais ela é fator de risco, como diabete, hipertensão e alguns tumores associados ao excesso de peso”, concluiu.
