Duas equipes de pesquisadores americanos abriram uma brecha no segredo do relógio biológico, o mecanismo que permite aos organismos vivos alternar com regularidade os períodos de sono e vigília.
Nas duas pesquisas, publicadas na revista Science, demonstra-se o papel desempenhado pela molécula, presente no olho humano, capaz de transmitir ao cérebro informações sobre a quantidade de luz no ambiente.
A molécula, uma proteína chamada melanopsina, atua como um receptor fotossensível instalado na retina, ligado ao relógio biológico que estabelece os ritmos da vida.
No curso de um experimento realizado na Universidade de Stanford, na Califórnia, os pesquisadores demonstraram que ratos privados de melanopsina perdiam 40% de sua capacidade de adaptação ao ciclo artificial dia/noite imposto no laboratório.
Outro grupo de pesquisadores chegou às mesmas conclusões que a equipe de Stanford. Os dois estudos coincidem em que a melanopsina é apenas um dos fotorreceptores ? sensíveis em particular à luz de escassa intensidade ? e que outros ainda deverão ser identificados.