Emílio Ribas adverte para infecção por leptospirose

O hospital estadual Emílio Ribas adverte para os cuidados com a leptospirose, doença que em época de enchentes pode levar a morte, caso não seja diagnosticada rapidamente. Neste ano, com base em dados de janeiro a março, a Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo informa que o Emílio Ribas diagnosticou um caso de leptospirose a cada cinco dias. A tendência é que o número aumente com o aumento das tempestades nos últimos dias e a previsão de chuva para os próximos.

A leptospirose é uma doença que ocorre especialmente nas épocas de chuva, quando enchentes e transbordamentos de esgotos e rios são mais frequentes. Nessas situações, a urina dos ratos contaminados com a bactéria leptospira é levada pelas águas das inundações, que penetram na pele (mesmo sem nenhum ferimento aparente), causando a doença.

Segundo o infectologista Jean Gorinchteyn, do Emílio Ribas, os sinais da doença podem aparecer no dia seguinte após o contato com as águas de chuva, ou depois de um mês. “Os primeiros sinais podem ser febre, dores no corpo, na cabeça e especialmente na panturrilha”, diz o médico, acrescentando que, na ausência de tratamento de urgência, alguns casos podem até provocar riscos de insuficiência renal.

Em casas e estabelecimentos comerciais que sofreram enchentes, deve-se fazer a limpeza usando luvas e botas de borracha, utilizando água corrente e água sanitária. Devem ser descartados alimentos e medicamentos, mesmo os fechados, que tiveram contato com a água das chuvas.

AE

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