Para espantar os quilos a mais e ficar com o corpo durinho, não há dúvidas, tem que se mexer. Isso não significa passar horas na esteira ou repetir o treino de musculação, dia após dia. Pelo contrário, o ideal é buscar alternativas bacanas, que fazem suar de montão, mas também podem se ajustar às suas preferências.
Listamos abaixo diversas atividades físicas, umas bastante disseminadas e outras nem tanto – para você perceber que o leque de opções é bem vasto. Em cada dupla, você encontra opções para trabalhar flexibilidade, força, velocidade, coordenação ou estratégia com muita diversão.
1. Velocidade/ Futebol e polo equestre
Para ganhar fôlego, o futebol é um grande amigo do peito. Por ser uma atividade aeróbia, favorece o sistema respiratório e cardiovascular. O esporte mais popular do mundo também tonifica, principalmente, os músculos das pernas. Além de dar um gás para o metabolismo e secar as gordurinhas.
“Não é à toa que alguns jogadores chegam a perder quatro quilos após uma partida”, explica o treinador Mário Augusto de Souza, da escola Rivellino Sport Center, de São Paulo.
Mas não vale ficar parado na grande área esperando a bola chegar, o segredo é correr. “Hoje o futebol é muito mais transpiração do que inspiração”, comenta o professor. “Por isso, pessoas que são sedentárias, mas jogam por lazer apenas uma vez por semana, correm mais riscos de sofrer lesões e problemas cardiorrespiratórios”.
No gramado e com o objetivo de fazer o gol, outra modalidade que pode servir de inspiração é o polo equestre. Menos popularizado, o esporte praticado pelo príncipe Charles, pelo personagem Raj (Rodrigo Lombardi), da novela Caminho das Índias (Globo), e por outros 500 atletas no Brasil, exige um esforço tremendo do atleta e dos cavalos. São necessários em média seis animais por partida, um para cada tempo de jogo.
“Como são apenas quatro jogadores em cada equipe, a movimentação pelo campo é intensa”, diz o vice-presidente da Confederação Brasileira de Polo, Ronald Kenneth Scott. E, quanto maior a velocidade maior será a força exigida. “São duas pressões: a das pernas que domina o cavalo e a dos braços, com uma mão segurando a rédea e, a outra, o taco”, explica Scott.
Enquanto o tronco ainda demanda flexibilidade para girar tanto para esquerda quanto para a direita. Resultado: o corpo fica todo enrijecido, mas as regiões das pernas, dos braços e do abdômen são as mais favorecidas.
2. Estratégia/ boxe e esgrima
Ler os movimentos do oponente e antecipar-se a ele tornam o boxe e a esgrima esportes em que pensar rápido e golpear com a mesma destreza faz toda diferença. Para quem curte o desafio do ringue e o cara-cara com o adversário, o boxe é ideal. A modalidade favorece a tonificação dos músculos dos braços, pernas e garante a barriga chapada.
Já que uma aula de 2 horas queima em torno de 800 calorias. “Outros benefícios são a melhora no condicionamento físico e da velocidade de reação e força”, acrescenta a coordenadora de Esportes e Lutas Tathiane Costa, da academia Competition, de São Paulo.
Já, a esgrima desenvolve a agilidade, os reflexos e o controle da força. A atividade faz um trabalho direcionado em um conjunto de pequenos músculos. Tudo isso, por causa do fundamento em que está baseada: o ataque.
“Para realizá-lo, há uma ordem certa de movimentos curtos e rápidos; primeiro a mão, depois cotovelo, ombro e, por fim, as pernas”, explica Gustavo Portellinha, assessor do esporte no Esporte Clube Pinheiros, de São Paulo, e 4º colocado do ranking brasileiro da modalidade espada.
A esgrima colabora para definição dos músculos das coxas, panturrilha, braços e costas. “A postura e o equilíbrio também são favorecidos, pois o abdômen cria um cinturão de sustentação para a região lombar da coluna”, diz o esgrimista.
3. Força/ capoeira e o jiu jitsu
A capoeira melhora a força, além de fazer um bem enorme para o equilíbrio, a flexibilidade e a agilidade. O treino não exige maiores aparatos, a não ser roupas leves e soltas. Os movimentos ao som do berimbau queimam uma média de 700 calorias a cada 2 horas de aula.
“O condicionamento físico será adquirido no decorrer da própria aula”, explica a professora Tathiane Costa, da Competition. “As regiões musculares mais trabalhadas são os quadríceps (pernas), posteriores de coxa, costas e abdômen”.
Outra maneira de ganhar força extra é apostar no jiu jitsu. A luta tonifica os músculos do corpo, especialmente, dos braços (bíceps e tríceps) e do abdômen. Uma hora de aula gasta em torno de 600 calorias. Além da determinação, o treino demanda um kimono e fôlego. “Para quem nunca praticou, recomenda-se fazer uma aula de 1 hora até adquirir um condicionamento físico favorável”, diz Tathiane.
4. Coordenação/ agilidade vôlei e badminton
As regras para o vôlei e para o badminton são até meio parecidas. Em quadra, predominam a coordenação e a concentração. As duas atividades trazem benefícios cardiovasculares e respiratórios em virtude da variação de estímulos que elevam a frequência cardíaca do jogador. A forma física também sai ganhando. O vôlei é um ótimo aliado para deixar as pernas e braços delineados.
“Os músculos das pernas são bastante exigidos em movimentos de saltos para a cortada e bloqueio. Os braços são favorecidos em razão do saque, recepção e levantamento”, explica Fábio Correia, preparador físico da equipe de vôlei feminino da Blausiegel-São Caetano (o time tem em quadra as campeãs das Olimpíadas de Pequim, as jogadoras Fofão, Mari e Sheilla).
A atividade também é amiga da balança.”O gasto calórico, num indivíduo de aproximadamente 70 quilos, é de 350 a 400 calorias por hora na modalidade de quadra e de 400 a 550 calorias por hora na areia”, aponta Correia.
Jogado com uma raquete e uma peteca, o badminton é considerado perfeito para deixar o bumbum durinho, as pernas fortalecidas e enxugar quilos extras.
“O aluno percorre a quadra em toda a sua extensão, realizando deslocamentos rápidos para frente, para trás, para os lados e agachamentos”, explica o treinador da modalidade do clube A Hebraica, José Ariovaldo Scudeler, de São Paulo. Superdemocrático, o exercício pode ser realizado por crianças a partir dos seis anos e até pela terceira-idade.
O gasto calórico pode variar de acordo com as características físicas dos participantes, o tempo de atividade e as condições do local. “Porém, estudos já demonstraram que, em um jogo de uma hora, um atleta amador de 75 quilos gasta cerca de 337 calorias com o badminton.
Já no nível competitivo, esse mesmo atleta tem um gasto calórico de 525 calorias”, salienta o preparador físico João Guilherme Cren Chiminazzo, da Confederação Brasileira de Badminton.
5. Flexibilidade/ axé e balé
Secar e definir a silhueta dançando é a proposta da Mix Dance, aula sensação da academia Triathon, de São Paulo, que traz um mix de ritmos como o axé, forró, salsa e rock n roll. Com duração de 60 minutos, a atividade estimula o aluno a trabalhar todos os grupos musculares, principalmente, os membros inferiores e manda fora aproximadas 200 calorias por aula.
“A dança é uma forma de expressão lúdica, capaz de queimar gordura, relaxar, definir o corpo, desenvolver a coordenação motora e melhorar a flexibilidade”, esclarece Selma Schmidt, professora da academia.
Para os apreciadores da dança, o balé clássico é outra variação para enrijecer a musculatura de membros inferiores, costas e abdômen. “Ele desenvolve flexibilidade, coordenação e força, além de trabalhar a melhora da postura e consciência corporal”, explica Mariana Bastos, coordenadora da escola Ballet Paula Castro, de São Paulo.
O gasto calórico médio de uma bailarina vai depender da intensidade do treino e do tempo que se realiza a atividade. Em um nível adiantado, uma aluna pode chegar a perder 400 calorias por hora.
“A aula é recomendada a partir dos 4 anos de idade e independe do condicionamento da pessoa, ou seja, como os movimentos são progressivos, qualquer pessoa pode praticar”, diz a professora. A prática desde a infância é recomendada apenas quando há um interesse profissional na atividade.