Levantamento do Hospital de Transplantes do Estado de São Paulo, realizado nos últimos dois anos, mostra que dois em cada três casos de aneurisma estão ligados ao tabagismo. A pesquisa inédita feita pelo serviço de neurocirurgia do Hospital mostra que nos últimos dois anos 62% dos usuários que tiveram aneurismas cerebrais fumavam regularmente.

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A pesquisa também aponta que 80% dos pacientes submetidos à microcirurgia são do sexo feminino e têm entre 40 e 60 anos. No total foram analisados 250 casos. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde, o cigarro é capaz de “destruir” a proteína fibrosa e elástica, chamada de elastina, encontrada na parede dos vasos sanguíneos. Por isso, facilita a ocorrência de um aneurisma, que ocorre quando há dilatação anormal de uma artéria do cérebro. É o sangramento causado pelo rompimento deste vaso que pode levar o paciente à morte.

O estudo confirma que os tabagistas estão até 10 vezes mais propensos a apresentarem hemorragias cerebrais causadas por aneurismas. Além disso, o fumo está diretamente ligado ao surgimento de novos casos em pacientes que já trataram ou ainda enfrentam o problema.

Solange Spigliatti

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