A doença periodontal agride os tecidos de sustentação e proteção dos dentes. De acordo com Genco (2002), as doenças periodontais causadas por infecções bacterianas atingem de 5 a 30% da população adulta. ?A presença de bactérias da cavidade oral na circulação sangüínea aumenta o risco de complicações para pacientes portadores de doenças sistêmicas, com destaque para a Endocardite Infecciosa. Esta é uma doença severa, causada por microrganismos que atingem as válvulas cardíacas, por causas congênitas, por uso de próteses cardíacas ou por defeitos cardíacos anatômicos?, explica Mário Pansini, especialista em Periodontia, que atua em Curitiba-PR, mestre em lasers em odontologia.
Disse o periodontista que a gravidade da doença periodontal determina quais serão os procedimentos adequados para cada caso em particular, como a utilização de técnicas de raspagem, de técnicas cirúrgicas e do emprego de antibióticos. Outro fator a ser destacado é o cuidado com a higiene bucal, como a boa escovação e uso de fio dental ou de outros meios que podem ser adaptados às necessidades do paciente. Os procedimentos de higiene bucal devem ser realizados sempre após as refeições.
Pansini destaca que ?algumas bactérias presentes nas bolsas periodontais permanecem na cavidade oral mesmo após os tratamentos periodontais terem sido realizados, pois, de acordo com a Associação Americana de Cardiologia, muitas destas bactérias são resistentes a antibióticos, perpetuando a doença periodontal?.
Uma das alternativas para diminuir consideravelmente o risco de falha no tratamento está no uso de lasers. Os pacientes tratados desta maneira mostraram 0% de bacteremia após extração e após cirurgia periodontal. Desta forma, os lasers se constituem em valiosas ferramentas para tratamentos periodontais refratários em pacientes considerados de risco.
Jorge Antonio de Queiroz e Silva é palestrante, pesquisador, professor. Membro do Instituto Histórico e Geográfico do Paraná.